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Fundação Santa Casa promove capacitação sobre Método Canguru em Belém

Hospital tem certificação do Ministério da Saúde como Referência Estadual à Atenção Humanizada ao Recém-Nascido pelo Método Canguru

A Fundação Santa Casa é um centro de qualificação para cuidados com o recém-nascido prematuro. O Hospital tem certificação do Ministério da Saúde como Referência Estadual à Atenção Humanizada ao Recém-Nascido, com o ‘Método Canguru’.

A capacitação atual realizada pela Santa Casa busca fortalecer a importância da Atenção Humanizada ao recém-nascido, a partir da adoção do Método Canguru, para a recuperação e desenvolvimento das crianças prematuras e de baixo peso.

O Hospital também informa que o treinamento reforçar a importância do ‘método’ e da política de saúde e estratégia de cuidados multiprofissionais para diminuir a mortalidade e a ocorrência de doenças nos recém-nascidos, principalmente aqueles de baixo peso e prematuros.

O Método Canguru não se resume apenas a posição canguru, mas a todo o cuidado, todas as boas práticas sobre como cuidar do recém-nascido de baixo peso, explica a neonatologista, Vilma Hutim, coordenadora estadual do Método Canguru.

“Outra responsabilidade da Santa Casa, enquanto hospital de referência, é qualificar no método, além dos profissionais de saúde da Santa Casa, profissionais de outras instituições de Belém e outros municípios do Estado”.

A doutora Vilma Hutim informa que a capacitação vem desde o início dos anos 2000, incluindo avanço nos modelos de cuidados pelo Método Canguru. “A partir de 2009, foram formados tutores dentro desse novo modelo. Partindo de lá para cá, nós iniciamos essa metodologia de curso de 24 horas (6h diária durante quatro dias) e já fizemos várias formações de tutores da atenção básica: em 2015, em 2019 e em 2020. Essas capacitações têm um modelo hospitalar e da atenção básica, ressaltando que a Santa Casa, em 2013, recebeu a certificação do Ministério da Saúde como referência estadual na atenção humanizada ao recém-nascido de risco, no caso, baixo peso prematuro, que é o método canguru, que é essa estratégia de cuidados”.

“Nós realizamos quatro cursos de 24 horas, na Santa Casa por ano: um em março, um em junho, um em agosto e o último em novembro. Nesta etapa atual, estamos com dezenas de pessoas de forma presencial e online. Com essa proposta nós abrangemos todas as regionais de saúde, os hospitais regionais, as unidades de referência. Essa estratégia de cuidados, não é isolada das ações de boas práticas em relação à certificação do hospital amigo da criança, aleitamento materno. A estratégia de Qualineo, que é a qualificação do cuidado com o recém-nascido. O Método Canguru é mais uma estratégia de cuidado dentro dessas políticas”, destaca Vilma Hutim.

Para uma das participantes da capacitação, Rosiane Batista Franco, enfermeira do município de São João da Ponta, nordeste do estado, esse curso perpassa o conhecimento de poder trabalhar não somente com as mães, mas principalmente mães de primeira viagem, onde elas não têm esse conhecimento de cuidar de uma criança prematura. “A partir do momento que a gente vem para cá, a gente adquire esse conhecimento e busca repassá-lo porque a informação é tudo. Se uma pessoa tem instrução o suficiente, sabemos que o dano vai ser bem menor, então estamos aqui para tentar amenizar essa situação desse dano no futuro, em nossa região”.

“Eu estou aqui justamente para receber essa capacitação a mais, para levar para o município, passar não somente para os enfermeiros em si, mas para a Central de Saúde, ou seja, todo o ciclo principalmente da área da enfermagem, para que eles possam atuar na sua localidade, para tentar diminuir esse índice de fatores que hoje estão acontecendo principalmente na parte do crescimento e desenvolvimento das nossas crianças”, informa Rosiane.

Reconhecimento – A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) é certificada pelo Ministério da Saúde como Referência Estadual a Atenção Humanizada ao Recém-Nascido – Método Canguru, desde 2013. Além de ter uma equipe multiprofissional bem treinada e responsável por aplicar a estratégia de cuidados aos recém nascidos internados no hospital, as informações sobre o manejo e os cuidados com os pequeninas são continuamente repassadas.

Lindinalva Brasil, fisioterapeuta, é integrante da rede de tutores do Canguru e relata que integrar esse grupo é importante porque participa ativamente da prática pedagógica, desenvolvidas presencialmente ou a distância e contribui para o desenvolvimento dos processos educacionais de ensino e aprendizagem no binômio ensino serviço e comunidade.

“Significa ser multiplicadora na qualificação de residentes e equipe assistencial de um método voltado para o cuidado humanizado, visando o reforço do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê através do contato pele a pele, o estímulo ao aleitamento materno e o melhor amparo ao recém-nascido”, enfatiza Lindinalva.

Vanda Marvão, nutricionista, da coordenação do Banco de Leite Humano (BLH), também faz parte da rede de tutores do Método Canguru e destaca que ser tutora é importante por conta do acolhimento à família do recém-nascido prematuro e de baixo peso. “Aprendemos e ensinamos a família sobre os cuidados necessários e importantes para esse bebê, desde a troca de fralda diferenciada, alimentação e nutrição, manejo e prevenção da dor, ninho para sua dormida, além da posição canguru e banho”.

Etapas do Método Canguru

1ª Etapa: começa no pré-natal, seguido de internação do recém-nascido de baixo peso na Unidade Neonatal (Unidade de Tratamento Intensivo – UTI neonatal e Unidade de Cuidados Intermediários);

2ª Etapa: o bebê tem sua permanência contínua com a mãe na Enfermaria Canguru, de modo que os cuidados com o recém-nascido tenham maior participação materna;

3ª Etapa: se inicia com a alta hospitalar, e exige acompanhamento ambulatorial criterioso do bebê e de sua família. O Método Canguru, desde a primeira fase, é realizado por uma equipe multidisciplinar, capacitada na metodologia de atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso.

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