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Santa Casa do Pará é um espaço da expressão feminina na área da saúde

O hospital é o berço de nascimento de milhares de pessoas e neste campo está o reconhecimento diário do trabalho das mulheres

Hoje, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher e a Fundação Santa Casa do Pará, é referência no trato e cuidado com o público feminino no Estado. A assistência obstétrica, ambulatorial e hospitalar à saúde da mulher pela Fundação Santa Casa do Pará é referência credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a gerente ambulatorial da instituição, Elineth Braga, essa assistência demonstra o comprometimento da Santa Casa em atender as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e também do Brasil.

“No que se trata do direito ao acesso à saúde, seguimos as diretrizes da ODS de assegurar, até 2030, o acesso universal aos serviços e insumos de saúde sexual e reprodutiva, incluindo o planejamento reprodutivo, a informação e educação, bem como a integração da saúde reprodutiva em estratégias e programas nacionais, considerando as intersecções de gênero, raça, etnia, idade, deficiência, orientação sexual, identidade de gênero, territorialidade, cultura, religião e nacionalidade, em especial para as mulheres do campo, da floresta, das águas e das periferias urbanas”.

Em 2023, foram atendidas na área de urgência e emergência obstétrica da Santa Casa, 34.999 mulheres, com a realização de 8.908 partos. Na área do Ambulatório da Mulher foram feitos 28.674 atendimentos. O expressivo volume de atendimentos assistenciais voltados às mulheres também é prestado por uma equipe de profissionais amplamente formada por mulheres, que representa 76% do quadro. Dos cargos de diretoria, 80% são ocupados por mulheres na Santa Casa e elas comandam também 70,7% das assessorias, gerências e coordenações, além de representarem  87, 9% das lideranças operacionais (responsáveis técnicos de serviços como fonoaudiologia, psicologia, farmácia e serviço social etc).

A questão de gênero tem sido cada vez mais relevante para o mundo moderno e a Santa Casa se empenha em promover o acesso pleno e igualitário, além da ampla participação das mulheres na formação de profissionais de saúde. A diretora Técnica Assistencial da Santa Casa (DTAS), Norma Assunção, destaca que ser mulher da área da saúde e atuar na maior maternidade da região norte é uma responsabilidade e representatividade enorme.

“Somos mais de 70% da força de trabalho deste hospital e diante deste cenário, parabenizo a todas nós mulheres por termos assumido o protagonismo dentro desta instituição. Quer seja na linha de frente ou na liderança das equipes e serviço. Hoje nós estamos muito bem representadas dentro da Santa Casa que é uma referência para o nosso Estado”.

Para a diretora de Apoio Técnico e Operacional (DATO) Maria Alves Belém, a Santa Casa é uma instituição abençoada, o seu quadro de servidores é formado em sua grande maioria por mulheres. “Mulheres guerreiras que tem se destacado cada vez mais em diversas áreas, mostrando sua força, competência e capacidade de liderança. É uma instituição que possui mulheres cuidando da saúde de outras mulheres, que assiste a um dos momentos mais grandiosos da vida de uma mulher, o nascimento de um filho”, diz emocionada a gestora.

Diferentes gerações de mulheres fazendo história – Para reforçar a fala da diretora Maria Belém, o trabalho e dedicação das servidoras Sueli de Oliveira e sua filha Ana Paula que por coincidência trabalham no mesmo setor, na Urgência e Emergência Obstétrica do hospital.

“Amo a minha profissão, amo de coração, ainda mais trabalhando nessa instituição que sou apaixonada. Aqui lidamos com tantas mulheres. E a nossa responsabilidade é grande por conta da complexidade desses pacientes que buscam a Santa Casa  para terem seus bebês. Nós temos que ter uma afinidade imensa, uma sensibilidade para tratar essas mulheres que chegam, porque tem muitas que chegam aqui fragilizadas”, destaca Sueli.

“Ver minha filha trabalhando aqui como enfermeira é um estímulo a mais por conta da motivação que despertei nela para seguir a profissão de enfermeira. É legal porque eu a vejo evoluindo muito aqui na Santa Casa, mostrando que é uma boa profissional, competente e muito responsável. É gratificante vê-la melhorando a cada dia “, destaca a enfermeira.

Ana Paula, filha de Sueli, diz que escolheu a enfermagem vendo sua mãe como espelho. “Sou muito feliz na carreira que escolhi. Eu amo a triagem obstétrica. Aqui é um aprendizado diário. Aprendi muita coisa com ela (referindo-se a mãe), e a obstetrícia é a minha área. Eu  não me vejo em outra área sem ser na obstetrícia. Minha mãe sempre foi um espelho para mim e tenho muito orgulho dela como força feminina em nossa profissão”.

“Nós mulheres da Santa Casa e todas as mulheres de um modo geral, somos força, somos aquelas que fazem mágica todos os dias para que a vida seja leve, somos aquelas que cuidam das pessoas com doação e amor. Somos o maior corpo de trabalhadoras dessa instituição e nada mais justo do que felicitar nosso dia das mulheres e todos os dias”, enaltece a diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão da Santa Casa Walda Valente.

Dilene Costa, assistente social da Fundação Santa Casa, relata que serviço social é uma profissão extremamente necessária, onde quer que seja a sua área de inserção, e isso não poderia ser diferente no campo da saúde, em especial na Santa Casa. “Todos os dias recebemos mulheres que necessitam ser acolhidas, apoiadas e respeitadas. Esse olhar é parte do princípio de que o nosso fazer profissional consiste em contribuir para um atendimento pautado na garantia de direitos. Para isso, é necessário um olhar comprometido com as lutas diárias enfrentadas pelas mulheres nas suas mais variadas expressões. A caminhada é árdua e cheia de novas composições”.

“Hoje tenho a honra de escrever mais um capítulo da minha história, mais que especial. O concurso público trouxe para mais perto minha filha, minha segunda geração. Valeu todo esforço empreendido. Para chegarmos até aqui. Começar a escrever essa nova história com ela nessa instituição agora como profissionais certamente será recheada de muitos desafios, mas juntas já aprendemos que mulheres que apoiam mulheres são comprometidas na partilha de saberes, de afetos e de ações”, destaca Dilene Costa referindo-se a sua filha médica, Ana Caroline de Souza, recém aprovada no concurso da Santa Casa.

A médica Ana Caroline de Souza, relata que trabalhar na Santa Casa é uma conquista familiar por todo o sacrifício que tiveram em criá-la e educá-la. “É uma benção do Senhor e é fruto de esforço e dedicação. Eu creio que o fato de sermos mulheres no mundo em que cada vez mais se fala sobre feminismo e no meu ponto de vista de uma forma distorcida, eu entendo que a mulher tem um papel fundamental na sociedade. No seu ambiente familiar ela é muitas vezes mãe, ela é filha, ela emprega vários papéis na sociedade e um deles também é a nossa profissão”.

Sobre a relação mãe-filha na mesma instituição, Ana Caroline diz que é uma experiência maravilhosa. “A minha mãe é servidora aqui há muitos anos, então eu cresci vendo a dinâmica da minha mãe em se dividir para ser muito presente na minha educação e da minha irmã, ser uma esposa exemplar, ser uma mãe exemplar e também uma servidora exemplar. Então eu cresci vendo o esforço e o sacrifício da minha mãe e vendo o reconhecimento dos pacientes, o carinho dos pacientes por ela, o carinho dos colegas de profissão por ela e a competência dela. Então essa mulher, ela me inspira a ser um pouquinho daquilo que ela é”.

Érika Cavalcante diretora de Ensino Pesquisa e Extensão (DEPE) reforça a admiração por todas as mulheres que fazem parte do corpo funcional da Santa Casa. ”Aqui somos a maioria e também desempenhamos importantes papéis seja na assistência, na gestão, no ensino e na pesquisa desta instituição, a qual tanto amamos. Que este dia nos remete a toda força que temos, à nossa capacidade de assumirmos nossos lugares de destaque na sociedade e no mercado de trabalho”.

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