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Santa Casa garante grupos de alimentos saudáveis para pacientes

O setor de Nutrição do Hospital reúne os profissionais que avaliam o risco nutricional, a dieta, entre outros serviços

Diariamente são servidos para os pacientes na Fundação Santa Casa, em média, 3.300 refeições, entre o café da manhã, lanches, almoço, jantar e a ceia. A dieta é prescrita por nutricionistas e atende às necessidades de cada paciente, com foco na recuperação da saúde, explica o nutricionista Sandro Amaral, referência técnica do setor de nutrição clínica do hospital.

O setor de nutrição reúne os profissionais responsáveis por realizar desde a avaliação do risco nutricional, a prescrição individualizada da dieta, até o acompanhamento no cumprimento de metas nutricionais e dos indicadores que demonstrem a efetividade e qualidade do atendimento nutricional.

“É fundamental a nutrição clínica no plano terapêutico do paciente, tendo como metas triar o risco para a desnutrição, estabelecer planos de cuidados nutricionais e prevenir a deterioração do estado nutricional com piora de prognóstico. O organismo nutrido apresenta resposta adequada à terapia medicamentosa instituída aos cuidados de enfermagem e estímulos fisioterápicos colaborando mais rapidamente com a recuperação da saúde”, explica o nutricionista.

Em busca do restabelecimento da saúde, está a gestante Alessandra Castro, de 24 anos, natural do município de São Miguel do Guamá, no nordeste do estado. Grávida de 35 semanas, há 10 dias, ela passou mal e foi transferida para a Santa Casa, onde permanece internada por conta de um quadro de hipertensão.

Além de medicamentos, o tratamento de Alessandra Castro passa essencialmente pelos cuidados com a alimentação, principalmente com a redução do sal, antes muito presente nas refeições que ela preparava em casa.

“Eu comia feijão com charque todos os dias e não me preocupava com a quantidade de sal. Mesmo no pré-natal, ninguém me orientou sobre a alimentação. Foi só aqui na Santa Casa que a nutricionista me falou sobre isso e está cuidando da minha alimentação para que eu consiga comer bem, porque ainda estranho muito a comida sem o sal”, afirma a paciente.

Alessandra está internada em uma das enfermarias de alto risco da maternidade da Santa Casa, onde uma equipe multiprofissional, que inclui nutricionistas, alia os cuidados com a alimentação a outras medidas terapêuticas estabelecidas para cada situação de saúde.

Além da maternidade, a nutrição clínica também está presente no ambulatório de pediatria, ambulatório de fissuras e anomalias craniofaciais, ambulatório de patologias hepáticas, nefropediatria, ambulatório de gestação de alto risco, diálise peritoneal e hemodiálise,  clínica médica, Utis, clínicas cirúrgicas pediátricas e adultos e na neonatologia, onde atua juntamente com a equipe de nutricionistas do Banco de Leite Humano, outro setor onde a alimentação é tratada com toda a atenção sempre em busca da promoção da saúde dos recém nascidos.

 

Todos os meses, cerca de 170 bebês passam por internações no setor de neonatologia da Santa Casa. Um dos desafios do Banco de Leite Humano da instituição é garantir que esses bebês, mesmo estando em tratamento, tenham desde o início acesso ao melhor alimento para o restabelecimento da sua saúde: o leite materno.

Para isso, a Santa Casa investe em campanhas para a captação de doadoras de leite humano e na orientação e acompanhamento das gestantes e puérperas (mulheres que acabaram de dar à luz) para que possam amamentar seus bebês assim que possível, garantindo a alimentação mais adequada para o início da vida.

A nutricionista do Banco de Leite, Vanda Marvão, reforça que é importante que esse cuidado comece inclusive antes do nascimento do bebê, ainda no pré-natal.

“Os cuidados com a alimentação devem começar com orientação da alimentação da gestante, de uma alimentação saudável para evitar complicações na gravidez como um parto prematuro, por exemplo. A gravidez e os dois primeiros anos de vida são fundamentais para o crescimento, desenvolvimento e para a saúde da criança a curto e a longo prazos. A fonte de nutrientes para garantir o crescimento e desenvolvimento do feto vem das reservas nutricionais da mãe e da ingestão alimentar do período gestacional. Ela deverá ser orientada, ainda no pré-natal também, sobre a importância do aleitamento materno para o seu bebê assim que ele nascer”, detalha a nutricionista.

A amamentação traz muitas vantagens para a saúde do bebê e da mãe. O leite materno é um alimento “in natura” considerado padrão ouro do ponto de vista nutricional. Entre os benefícios do leite materno para o recém-nascido, a nutricionista destaca os nutricionais, por oferecer todos os nutrientes necessários para esse ciclo de vida (até o sexto mês); os Imunológicos: por oferecer os fatores de proteção contra doenças, principalmente as do trato respiratório e gastrointestinal, prevenindo também as alergias e intolerâncias alimentares e os funcionais por ser facilmente digerido e absorvido de acordo com a maturidade digestiva do bebê.

O Ministério da Saúde, recomenda que a criança deve ser amamentada exclusivamente até os 6 meses de idade e de forma complementar, até 2 anos ou mais.

E a partir dos 6 meses e para o resto da vida, a alimentação saudável deve priorizar comida de verdade, com alimentos in natura ou minimamente processados, se evitando os ultraprocessados como refrigerantes e sucos industrializados, biscoitos, salgadinhos e carnes processadas.

A Nutricionista Cileia Ozela, que é referência técnica da nutrição na área de produção da Santa Casa esclarece também que se alimentar bem e de forma saudável não está ligado à quantidade de comida ingerida, mas sim a variedade.

“É preciso consumir de forma balanceada alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais, frutos secos, carnes, laticínios e frutos do mar. Isso porque devemos ingerir diariamente pelo menos uma porção de cada grupo de alimentos, dentre os três existentes, que são: construtores (proteínas), reguladores (vitaminas, fibras e minerais), e energéticos (carboidratos e lipídeos)”, afirma a nutricionista que esclarece quais os benefícios da alimentação para a saúde:

“A alimentação é parte fundamental para proporcionar equilíbrio ao corpo, diminuir os riscos de infecções ou inflamações, além de aumentar a imunidade e defesa do organismo. Associado a exercícios físicos, boas horas de sono e hidratação adequada, a consciência sobre o que você come pode proporcionar saúde e completo bem-estar físico, mental e emocional ao ser humano.

Deve-se ter em mente que o principal benefício de se adotar uma alimentação saudável é investir na saúde e gastar menos recursos com remédios, pois seu principal foco é a manutenção da saúde”, explica Ciléa.

Exemplos de grupos de alimentos que garantem uma alimentação saudável:

Construtores: Leite, ovos, queijo, carne, peixe, frango, soja, lentilha, ervilha, feijão;

Reguladores: Legumes, frutas, verduras;

Energéticos: Pão, macarrão, milho, arroz, batata, açúcares, farinhas, porém sem excessos ou exclusões.

*Texto de Etiene Andrade (Ascom Santa Casa)

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