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Santa Casa investe em recursos para promover a inclusão e acessibilidade para servidores e usuários

A apresentação do Mapa Estratégico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) em Braille é a mais recente ação da instituição a qual soma a outros recursos que visa garantir aos servidores com deficiências, o acesso a informações que contribuam com o seu desenvolvimento e engajamento para o alcance da excelência na prestação de serviços.

Há 17 anos na Santa Casa, a assistente administrativa Yolanda Miyake Nogueira foi a primeira servidora com deficiência visual a conhecer o mapa estratégico em braile.

“É ótimo. Acho que temos que ter ciência do que está acontecendo no hospital, como o hospital funciona, o que o hospital objetiva, além de, claro, o atendimento à saúde dos pacientes. Tenho interesse em saber para poder ter um olhar mais abrangente acerca do hospital. Porque conhecimento é valorização de cada pessoa, pode ser como agente de saúde, pode ser como profissional da saúde, principalmente visando que estamos trabalhando com outros seres humanos”.

Segundo a diretora de planejamento, orçamento e gestão da instituição, Walda Valente, por ser a representação do planejamento estratégico organizacional em uma folha de papel, é essencial que os servidores da instituição tenham acesso ao Mapa Estratégico.

“O mapa ajuda a alinhar os objetivos da instituição com suas ações diárias, permitindo que cada membro da equipe entenda como suas atividades individuais contribuem para alcançar metas maiores. Ele também ajuda a identificar as principais áreas de foco e estabelecer indicadores de desempenho para monitorar o progresso. Para criar um mapa eficaz, é importante envolver toda a equipe garantindo que estejam alinhados com a visão, missão e valores da organização. Com um mapa estratégico bem elaborado e compreendido por todos, a instituição terá mais chances de sucesso a longo prazo”, detalha a gestora.

Foi a partir dessa necessidade de engajamento que surgiu a iniciativa de atender de forma inclusiva os colaboradores com deficiência visual. Um esforço conjunto que envolveu, além da diretoria de planejamento, as gerências de desenvolvimento e gestão de pessoas do hospital, e ainda contou com o apoio do Centur para a confecção do documento em braille.

“A gerência de desenvolvimento de pessoas do hospital está sempre atenta em incluir e desenvolver todos os colaboradores do hospital na estratégia da organização. O mapa em braile foi feito pelo Centur que, de forma humana e inclusiva, fez parceria com a Santa Casa. Essa versão será incorporada em todas as ações de planejamento estratégico do hospital a partir deste ciclo 2024/2027”, explicou a gestora.

Ferramentas 

Também como iniciativas que buscam garantir acessibilidade, há seis meses a gerência de tecnologia da informação da Santa Casa trabalha em conjunto com outros setores da instituição na implantação e ampliação do uso de ferramentas que facilitem o acesso de servidores e usuários com necessidades especiais às informações e serviços do hospital.

“Além do desafio de informatizar e modernizar a Fundação, temos o dever de trabalhar a inclusão social junto aos nossos servidores e usuários, entregando acessibilidade em nossas salas de treinamento interno e portais de serviços web”, afirma Gilberto Rodrigues, coordenador de Tecnologia da Informação da Santa Casa.

Atualmente, os computadores de treinamento no Infocentro utilizam softwares específicos de auxílio a pessoas com deficiências visuais e auditivas. A Intranet do hospital também foi reestruturada junto ao núcleo de comunicação, contemplando recursos de acessibilidade para deficientes auditivos e visuais, garantindo o acesso aos usuários. Todo o site institucional foi reestruturado, contemplando recursos de acessibilidade como o NVDA, um programa de leitura de tela, que facilita a inclusão digital de pessoas com deficiência visual e o Vlibras, que traduz textos escritos em português para sinais em Libras.

Inclusão social

Na gerência de desenvolvimento de pessoas da FSCMPA, a inclusão de grupos que historicamente sofrem com o preconceito e a descriminação é um dos pilares das trilhas construídas para garantir a igualdade de oportunidades e o respeito na instituição.

“Visto a grande diversidade de servidores e a missão institucional da Santa Casa de cuidar da saúde das pessoas gerando conhecimento, temos fomentado ações que façam que levem ao entendimento que a diversidade se faz em diferentes âmbitos. Assim, aproximaremos as temáticas de formação sobre o transtorno do espectro autista, formação sobre letramento racial, formação sobre gênero, adaptações de materiais pedagógicos para servidores com deficiência visual ou baixa visão! Buscamos a diversidade também de maneira transversal, como nos treinamentos voltados a experiência do paciente e cuidado centrado na pessoa, visto que a diversidade precisa ser uma pauta presente e não tratada de maneira isolada, apenas”, explica Victor Maués, gerente de desenvolvimento de pessoas da Santa Casa.

O setor realizará ao longo do ano treinamentos de mapa estratégico em braile, sistemas digitais adaptados e oferecerá uma turma de libras, por meio do termo de cooperação com a Escola de Governança do Pará.

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