Você está visualizando atualmente Santa Casa realiza teste do ‘coraçãozinho’ em bebês que nascem na maternidade

Santa Casa realiza teste do ‘coraçãozinho’ em bebês que nascem na maternidade

 

Essencial para o diagnóstico de cardiopatias congênitas (malformações cardíacas que se apresentam antes ou logo após o nascimento), o exame de oximetria de pulso, mais conhecido como teste do coraçãozinho, é realizado desde 2019 na Santa Casa, no intervalo que vai de 24 a 48 horas após o nascimento do bebê e obrigatoriamente antes da alta hospitalar.

Instituído pelo Ministério da Saúde, o exame se soma a outros testes de triagem neonatal que objetivam identificar o mais cedo possível doenças, melhorando a qualidade de vida e evitando a piora dos problemas de saúde.

“De forma geral os testes de triagem natal, como o do pezinho, orelhinha, olhinho e o teste do coraçãozinho são muito importantes, pois possibilitam que detectemos bem cedo doenças que podem se agravar no futuro. No caso do teste do coraçãozinho, é possível identificar alterações que podem indicar que o bebê tem uma cardiopatia congênita. Se houver essa suspeita, fazemos exames mais específicos e se confirmado já são dados os encaminhamentos necessários para os cuidados com esse bebê”, explica a neonatologista Salma Saraty.

Vinte e quatro horas depois de nascer na Santa Casa, Theo já passava pelo teste. Sem nenhuma alteração, ele voltou logo para os braços da mãe, Carla Granhen. “É muito bom confirmar que o nosso bebê está bem de saúde, mas também é muito importante saber que tem exames que podem mostrar o mais cedo possível um problema para que seja logo tratado. O Théo já fez as vacinas e agora está fazendo os exames, tudo aqui mesmo na Santa Casa, o que é ótimo, pois a gente volta pra casa mais tranquila sobre a saúde do nosso bebê”, conta Carla.

De acordo com a cardiologista pediátrica Simone Serpa, o teste é uma triagem neonatal simples e indolor e deve ser realizado ainda em ambiente hospitalar, em todos os bebês nascidos acima de 35 semanas de idade gestacional.

“É um exame simples, que não machuca o bebê, onde avaliamos a oximetria de pulso com um aparelho que mede a saturação de oxigênio colocando o sensor na mão direita e em um dos pezinhos. A partir do terceiro teste alterado, consideramos a suspeita de cardiopatia congênita, então está indicado a realização do ecocardiograma, exame de ultrassom específico para o diagnóstico de malformação no coração do bebê”, explica a especialista que ressalta que nem toda cardiopatia é grave e que o encaminhamento para o tratamento vai depender dessa gravidade.

“Existem vários tipos de cardiopatias, umas mais simples e outras mais graves, por isso, o objetivo do exame é nos ajudar a diagnosticar as cardiopatias graves ainda no hospital para que possam fazer procedimentos urgentes e mais complexos como o cateterismo ou até uma cirurgia. Essa triagem se torna ainda mais essencial na Santa Casa, pois há gestantes que vêm de localidades mais distantes e precisamos fazer uma triagem melhor antes de liberar esse paciente para casa”, explica Simone Serpa.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com o problema no Brasil e aproximadamente 40% dos cardiopatas vão necessitar de cirurgia ainda no primeiro ano de vida. No mundo, a estimativa é de que 10 em cada 1000 bebês nasçam com cardiopatias.

O órgão também destaca alguns sinais de alerta para o caso de cardiopatias que podem aparecer mais tarde. Sintomas como pontas dos dedos e/ou língua roxa, cansaço excessivo durante as mamadas, dificuldade em ganhar peso, irritação frequente e choro sem consolo. Em crianças maiores, pode ser observado cansaço excessivo durante a prática de atividades físicas, crescimento e ganho de peso de forma não adequada, lábios roxos, pele mais pálida depois de brincar muito, coração com ritmo acelerado e desmaio.

Em qualquer uma dessas situações, os pais devem procurar rapidamente um serviço de saúde para que a criança seja avaliada por um médico.

Deixe um comentário