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“O Peso que eu carrego” é tema de conversa no ‘café com o servidor’ da Santa Casa

Profissionais que atuam na Fundação Santa Casa participaram na manhã desta quinta-feira (03), do ‘café com o servidor’, no salão de eventos da Instituição que teve uma roda de conversa com o tema: “O peso que eu carrego”, conduzido pela psicóloga Carla Moraes de Almeida, que atua na Santa Casa e no Banco da Amazônia. Ela abordou um tema bem atual que faz parte da rotina hospitalar.

Carla Almeida, disse que no início deste semestre foi feito um mapeamento das lideranças da instituição e se percebeu que quando se agendava para fazer esse trabalho, as pessoas não tinham tempo. “E aí tivemos a ideia de trabalhar esse peso para contrabalancear o trabalho e aquilo o que eu sou e quem eu sou (referindo-se aos servidores). Essas coisas precisam estar equilibradas. O propósito desse trabalho foi que pudéssemos fazer com que as pessoas fizessem uma reflexão de que o trabalho faz parte de nossa vida, mas tem outras coisas que nos completam também, e se a gente não conseguir estar bem com isso, não conseguimos fazer bem o nosso trabalho”, destaca Carla.

A psicóloga diz que esse momento é atípico (por conta da pandemia) “jamais vivenciamos, mas diante de todo esse contexto acredito que o primeiro ponto é manter a nossa tranquilidade, a nossa serenidade. Cada um tem uma forma de exercê-lo. Nós precisamos entender que estamos vivendo uma situação difícil, uma situação que despertou muita tensão, muito adoecimento seja físico, seja mental, nas pessoas, e a gente precisa de alguma forma cuidar disso”.

“O importante é saber como a gente funciona e de que forma eu posso ouvir essa informação de que a situação está aumentando, com o índice de infectados e ainda assim me manter calmo. Cada um de nós na verdade sabe de que forma pode conduzir isso. Seja não ouvindo mais mensagens e sabendo que tem que se proteger de alguma forma e descarregando essa tensão para que possa me carregar e ao mesmo tempo me esvaziar, para que meu copo não fique o tempo todo cheio (uma alusão ao processo interno mental). O importante é administrar o EU, de que forma a gente enche e vai esvaziar porque é esse equilíbrio que nós devemos ter na vida”, enfatiza a psicóloga.

Tatiana Mendes, assistente social da Diretoria de Planejamento e Orçamento e Gestão (DPOG) da Fundação Santa Casa, diretoria responsável pelo projeto ‘Café com o Servidor’ falou que é mais uma oportunidade de conhecimento para todos. “Esse projeto completou três anos em maio, mas com a pandemia não pudemos comemorar esse aniversário. Após o tempo de total distanciamento, esse é o primeiro café com o servidor, com um número reduzido de pessoas, nós fizemos apenas para 50 pessoas. É a retomada e fizemos nessa volta um momento de reflexão, interação, aonde houvesse um chamamento do que nós somos, do que estamos passando. Pensamos um café diferente. Para algo que trouxesse a reflexão do peso que nós carregamos”, diz Tatiana.

“Podemos dizer que o primeiro café após a reclusão traz uma abordagem mais leve, algo mais voltada para a reflexão mesmo. Com dinâmica de interação de forma circular, um olhando o outro, com a participação das pessoas, como foi a dinâmica do balão”. Tatiana disse ainda que a DPOG pretende fazer outros eventos neste semestre e preparar um café especial para o final do ano.

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