Uma das profissões fundamentais no acolhimento de pacientes, os assistentes sociais realizam trabalho importante na área da saúde
Uma das maneiras de celebrar o Dia do Assistente Social, que ocorreu nesta quinta-feria, dia 15, está no atendimento aos usuários que procuram a Santa Casa. O profissional que colabora com a promoção do bem-estar social e se dedica por melhores condições de vida para grupos sociais vulneráveis.
A data surgiu pela regulamentação do Serviço Social, como profissão inscrita no Brasil há mais de 80 anos.
Elizabeth Freire, representante técnica da Assistência Social na Fundação Santa Casa, diz que o 15 de maio é o momento de comemorar e reforçar o tema: Nossa Liberdade é anticapacitista, do conjunto CFESS-CRESS (Conselho Federal e Regionais do Serviço Social) que remete a questões relevantes quando as atitudes discriminatórias principalmente com pessoas com deficiência e que prejudicam o acesso aos vários aspectos da vida em sociedade como a educação, saúde e emprego causando sofrimento principalmente para aqueles que são diretamente atingidos pela discriminação, pois são invisibilizados por suas limitações.
“Entender que devemos superar o capacitismo (sistema de opressão) requer não só consciência crítica e busca por uma sociedade mais justa, requer a postura de inclusão em todas as áreas da vida, confrontando os privilégios e favorecendo a acessibilidade, promoção de igualdade de oportunidade para todas as pessoas. Desse modo, nós Assistente Sociais temos o dever de combater toda forma de exclusão e atuar de modo a promover a liberdade plena que todo cidadão merece independentemente de suas limitações”, informa Elizabeth.
Para a assistente social Elizabeth Freire o papel dentro da Santa Casa (Instituição centenária) vai ao encontro da missão que ela se propõe que é ‘cuidar da saúde das pessoas gerando conhecimento’, pois durante nossa atuação frente as questões sociais somos as vozes (muitas vezes caladas e invisibilizadas) dos que estão em situação de vulnerabilidade e esbarram em muros que se erguem e impedem o acesso a um dos serviços essenciais à vida: à saúde.
Referência – O trabalho desses profissionais está na área assistencial do hospital, na coordenação da Saúde do Trabalhador, do Espaço Acolher, além de ambulatórios destinados aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Walda Valente, diretora de Planejamento, Orçamento e Gestão da Fundação Santa Casa, destaca que o profissional assistente social tem um papel relevante na sociedade.
“Ele tem o importante papel na assistência no dia a dia à saúde da população, com a prerrogativa legal de acolher e intervir com cuidado nas questões sociais, garantindo a equidade no cuidado, qualidade e segurança, assim como a redução das desigualdades. Parabéns a esses profissionais que estão sempre frente a frente com o usuário e seus familiares, zelando para que tenham uma experiência positiva em seus tratamentos”, destaca Walda Valente.
Reconhecimento – Por ocasião da data maior do Assistente Social haverá, a partir das 16h, de hoje, no auditório do Centur (Fundação Tancredo Neves) a cerimônia de entrega do prêmio Stela Menezes. No evento, Ana Márcia, servidora e assistente social da Fundação Santa Casa, com atuação no Ambulatório da Mulher, será uma das homenageadas.
O Prêmio Stela Menezes é a oportunidade de reconhecimento à dedicação e trabalho de Ana Márcia Farias Serrão como assistente social. Profissional de um envolvimento coletivo e de uma prática ético-política necessária para uma sociedade pautada no respeito, são qualidades relatadas pelas colegas que trabalham com a assistente social no hospital.
A assistente social Flaviana Barroso, servidora da Santa Casa, destaca que o prêmio Stela Menezes é um reconhecimento pela contribuição profissional, da Ana Márcia em sua atuação na defesa do projeto ético político do serviço social. “Ana atua no ambulatório da mulher com ações acolhedoras, de escuta qualificada e intervenção eficaz que visa garantir o acesso dessas mulheres à saúde que é um direito básico e que muitas das vezes lhes é negado principalmente pela dificuldade de acesso ao serviço”.
“A atuação de Ana Márcia faz toda a diferença para essas mulheres que buscam os serviços de planejamento reprodutivo, cirurgia ginecológica, climatério e demais serviços oferecidos no ambulatório da mulher. Ela também contribui com a formação profissional na orientação de estagiários e preceptoria de residentes do Serviço Social. É uma profissional responsável, ética e parceira em todas as lutas coletivas”, destaca Flaviana.
O Prêmio Stela Menezes é uma iniciativa do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/1ª região), que visa incentivar, valorizar e reconhecer publicamente a trajetória profissional de assistentes sociais.
Destina-se a reconhecer as contribuições sócio-históricas e técnico-operativas ao Serviço Social.
Stela Menezes, falecida em 2006, marcou a história do serviço social no Pará, formando muitas (os) assistentes sociais pela Universidade Federal do Pará (UFPa), exercendo a docência com maestria e dedicação. Militante da área da infância e juventude, Stela Menezes exercia a articulação necessária entre a formação universitária e os movimentos sociais.
