“Nós precisamos caminhar juntos. Então, essa interação, essa união, essa troca de ideia sobre todo o processo de trabalho, é importante para o funcionamento. Faz fluir o serviço para andar mais rápido e com mais confiabilidade, beneficiando o paciente para que ele cumpra o seu tempo de internação sem atrasos”. A afirmação é da coordenadora do setor de assistência em neonatologia da Santa Casa, Salma Saraty que ao participar da interação com o coordenador de setor de diagnóstico por imagem, José Duarte Júnior, exemplifica um tipo de processo que pode ser avaliado e melhorado a partir da dinâmica de interação.
“Um exemplo que a gente pode dar é um bebê que nasce de cesárea e tem risco de evoluir para uma dificuldade respiratória chamada taquipneia transitória do recém-nascido. A gente precisa avaliar o pulmão desse recém-nascido, que tem de 48 a 72 horas para sair de alta. Então, se nós não tivermos alinhados com o setor de diagnóstico, como a gente veio começar aqui, com priorização dos recém-nascidos, porque são pacientes mais frágeis, a gente vai demorar quanto tempo para ter o raio-x ou a ultrassom necessária para o diagnóstico?”.
Desde o ano de 2017 a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará ( FSCMPA) promove anualmente os encontros de interação entre as coordenações de serviços de assistência aos pacientes e setores de apoio da instituição com objetivo de aumentar a compreensão dos processos de atendimento das demandas, corrigindo possíveis falhas e qualificando as entregas. A assessora do Núcleo de Qualidade da Santa Casa, Regina Bastos, explica como a ação favorece os processos e em função disso também a eficiência dos resultados.
“Para poder haver uma assistência de qualidade, uma assistência de segurança, nós precisamos de fornecedores do serviço. Então, são feitos contratos, acordos, que descrevem como são feitas essas entregas, por quem, em que horário. Assim é detalhado como vai ser feita essa entrega. E a gente reunindo as equipes em forma de feirão, fica mais fácil de fazer essa pactuação. Os fornecedores, que representam o setor de apoio, se colocam à disposição e aí a assistência vem e fica circulando entre os setores para poder fechar esses contratos”, afirma.
Este ano, a realização do processo foi favorecida pela infraestrutura logística e de equipamentos do Centro de Ensino e Treinamento em Saúde da Santa Casa ( CETS) que garantiu um espaço mais confortável para a realização da dinâmica de interação, que segundo o Núcleo de Qualidade está voltada à padronização das entregas à sociedade.
“A gente diminui a variabilidade, as chances de erro e de falha e aí poderemos cobrar baseados nesse acordo que a gente também chama de contrato, contrato da prestação de serviço. Esse feirão, essa interação que acontece entre o setor de apoio e o setor de assistência”, conclui.
