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Santa Casa é o berço do profissional de obstetrícia no Pará

Nesta quarta-feira,12 de abril, é comemorado o Dia do Obstetra, profissional (médica/o e enfermeira/o) que acompanha a mulher durante sua gravidez , seguindo pelo processo do parto e até no pós-parto.

A obstetrícia é uma especialidade da área de saúde dedicada à reprodução da mulher, cuidando de sua saúde durante a gestação, o parto e também no puerpério, proporcionando qualidade de vida e segurança às pacientes. E a Santa Casa do Pará é um dos maiores hospitais de referência para o atendimento nessa área.

A Santa Casa do Pará é o sexto hospital mais antigo do Brasil em atividade e maior maternidade pública da região norte, com uma média de 700 partos por mês e atualmente com 486 leitos ativos para diversas especialidades, a Santa Casa atende os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), e é porta-aberta para obstetrícia.

A diretora técnica assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, diz que a Santa Casa, por ser uma instituição secular, e o primeiro hospital desse Estado, por si só já tem uma importância muito grande. “E olhando pelo prisma da maternidade, que é a nossa linha de referência para o Estado, tem importância tanto numérica quanto qualitativa da nossa população, porque o número de nascidos é muito expressivo em referência a nossa população”.

“Se formos vasculhar o passado, temos nascimento de pessoas ilustres dentro da Instituição. Governadores e pessoas influentes já nasceram na Santa Casa. A valorização do nascimento é um dos maiores nortes da nossa instituição e temos um caminho muito grande pela frente. Esse hospital tem uma referência muito grande dentro do nosso Estado”, destaca a médica.

Edilza Nunes de Oliveira, dona de casa, moradora do município de Marituba (região metropolitana de Belém) paciente do Ambulatório da Mulher, relata que sempre que esteve na Santa Casa foi bem recepcionada. “Estou sendo acompanhada pela Dra Marília Gabriela (médica obstetra da Santa Casa) e graças a Deus estou sendo bem atendida em todos os meus processos cirúrgicos e de consultas. É um tratamento muito bom. Aqui todas nós somos atendidas igualmente, não importa a religião, não importa se nós somos ricos ou pobres. Aqui sou bem atendida”.

A enfermeira obstétrica Rosana Nunes relata que o atendimento às parturientes  inicia no pré natal com assistência humanizada e com desfechos no parto e puerpério,com importância na redução nas taxas de mortalidade materno e neonatal, tendo amparo legal e ético em benefício a família. realizando práticas cuidadosas e humanizadas.

Uma das maiores maternidades do Norte do Brasil, em 2022, realizou 35.332 atendimentos a mulheres na área de Urgência e Emergência, e 7.965 partos normais e cesáreos. A maternidade, que há décadas é referência para a população, representa segurança no atendimento aos usuários do SUS. Nestes primeiros três meses de 2023, a maternidade da Santa Casa atendeu 8.727 mulheres na Urgência e Emergência Obstétrica e realizou 2.130 partos de janeiro a março, sendo 1.282 cesáreos e 848 normais.

Trabalho e dedicação dos profissionais e acontece todos os dias na maternidade. “A Santa Casa tem como linha de cuidado prioritário a área materno infantil, referência para o Pará e para os estados vizinhos a nós. Nós optamos há sete anos por trabalhar com a acreditação, visando a qualidade e a segurança de nossos pacientes”, informa a doutora Norma.

O médico Franciney Mendes Soares, servidor da Fundação Santa Casa, relata que o profissional da obstetricia é um forte personagem da história da Santa Casa.

“Os primeiros obstetras do nosso estado começaram a atuar no hospital, considerando que foi uma das primeiras maternidades do Pará. Por isso, obstetra da Santa Casa é referência no atendimento à assistência ao parto, porque a Instituição sempre foi simbolizada pela Maternidade. No decorrer da história desempenhou sua assistência às mulheres carentes, desprovidas de recursos financeiros, sem emprego e sem assistência previdenciária. Tempos atrás muitos obstetras chegaram a desempenhar seus serviços, na Santa Casa, sem remuneração alguma”, relata o médico.

Franciney explica que na Enfermaria Santa Marta, reconhecida como a primeira Clínica Obstétrica, então gerenciada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), um grupo de obstetras desenvolvia trabalhos médicos voluntários. “Eram assistentes Extraremunerários. Cumpriam escalas regulares e não podiam faltar. Particularmente tenho este título, que era uma nomeação e não recebíamos nenhuma remuneração”.

RELEVÂNCIA – Para a enfermeira Carmem Peixoto, da Gerência de Urgência da Maternidade, esses  acolhimentos mostram a importância da Santa Casa para as mulheres que a ela recorrem na certeza de terem um bom atendimento dos profissionais que atuam no dia a dia da maternidade. Atualmente 31 profissionais de enfermagem obstetras atuam na Santa Casa.

Para Antonio de Pádua, um dos primeiros enfermeiros obstetras da Fundação Santa Casa, a enfermagem obstétrica constrói passo a passo a referência materno infantil. “Ela iniciou com a maternidade unificada (particular e SUS), em um único serviço. Foi responsável pela criação dos serviços de referência materno infantil”.

“Criamos o parto humanizado, o Pré-natal humanizado,o Pré-natal de alto risco e a triagem obstétrica. Fomos o primeiro hospital da região norte a abrir concurso para enfermeiros obstetras. Hoje estamos em um universo de dezenas de profissionais atuando nas diversas áreas do conhecimento materno infantil”, destaca o enfermeiro Antonio de Pádua.

Marília Gabriela, médica obstetra e ginecologista, gerente da maternidade, relata que a Santa Casa do Pará é uma das maiores maternidades do Brasil e do mundo, relevante sobretudo pela infraestrutura e equipe treinada para atender gestantes com alta complexidade.

“Então esta é nossa maior relevância. A gente ainda atende pacientes de risco habitual, mas acredito que o mais importante são as vidas salvas das mães que chegam com complicações que a gente busca amenizar com as gestantes de alto risco. E os bebês prematuros que conseguem sobreviver, e a maioria, sem sequelas”, destaca Marília Gabriela.

Ascom – Fundação Santa Casa do Pará

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