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Capelinha da Santa Casa, após reforma, será reaberta para celebrações

Em Belém, no século XIX  era fundamental a construção de um novo hospital com capacidade para atender a população belenense com qualidade e segurança. Em 1890, foi lançada a pedra fundamental do novo Hospital da Santa Casa de Misericórdia, na rua Oliveira Belo, bairro do Umarizal. E em 15 de agosto de 1900, foi inaugurado, cujo projeto é de autoria do engenheiro Manoel Nina Ribeiro.

Entre as várias construções da Santa Casa está o antigo espaço em que funcionou o necrotério do hospital, no século passado, bem no largo de Santa Luzia, na esquina da Avenida Generalíssimo com a rua Bernal do Couto. O espaço em que vai funcionar a capelinha, já serviu para vários setores entre os quais: o Registro de Nascimentos; Assessoria de Comunicação e ultimamente era ocupado pelo setor de Protocolo Oficial da Fundação.

Durante todos esses anos resistiu às mudanças da paisagem, e manteve as fachadas com frontão triangular inclinado, com janelas de vão ogival, com abertura em forma de rosácea ao centro. Dentro da concepção arquitetônica, a capelinha da Santa Casa mantém suas linhas neogóticas. Um retrato de uma época inspirada na arte gótica do período medieval.

Para o engenheiro civil Carlos Queiroz Júnior, que supervisiona a obra, a reestruturação mantém a preservação histórica do formato original, na parte externa, e interna  moderadamente moderna, que servirá para atender cultos religiosos variados, celebração de casamentos, além de servir como mini auditório e sala de aprendizagem.

“95% da obra já foram concluídas e o prazo de conclusão será em junho próximo. Foram investidos oitenta e um mil reais na reforma da capelinha centenária. O espaço será todo climatizado e vai atender 30 pessoas sentadas”, informa o engenheiro.

Emília Monteiro Gonçalves enfermeira da Fundação Santa Casa e uma das integrantes da pastoral da saúde, que atua no hospital, destaca  que a nova capela ficou em um lugar de melhor acesso. “Por ficar logo na entrada do hospital. Acho que vai ter mais oportunidade dos clientes, que às vezes estão aguardando uma consulta, terem uma oportunidade de fazer uma oração e também de participar das missas, das celebrações”.

“Gostei muito dessa decisão de colocar a capela neste espaço. Para nós, na nossa entrada, a gente já pode aproveitar para fazer uma oração e ter um dia de paz em nosso trabalho, que é o que nós precisamos. Quem trabalha com enfermo, tem que vir em paz para trabalhar. Para você passar o melhor para esse paciente”, enfatiza a enfermeira.

“Eu espero assim que as pessoas adquiram o hábito de fazer as suas orações, e nos momentos que tiverem a sua folga possam se dirigir à capela, que já tem uma rotina de ficar aberta das 7h às 16h, e você vai ter a oportunidade de adentrar e fazer as suas orações, independente de sua religiosidade. E esperamos que esse novo espaço traga um ganho para a comunidade hospitalar”, destaca Emília.

Oziel da Silva, servidor público da Santa Casa a 17 anos, é pastor ligado à igreja Assembleia de Deus há muitos anos, diz que a questão do apoio espiritual  é um dever nosso como ministro. “Vendo hoje essa restauração toda que a nossa capela aqui da generalíssimo está passando, e por todo o processo que ela será ao longo desse tempo após a sua reinauguração é uma conquista, é um sonho realizado”.

“Mesmo sendo um pastor evangélico e conhecendo toda a história da Santa Casa dentro da questão católica, eu posso dizer que somos vitoriosos junto com os irmãos católicos e de outras denominações, de poder saber que hoje vamos ter um espaço destinado ao acolhimento espiritual, ao acolhimento pastoral independentemente da religião em que as pessoas terão um local para se refugiar e buscar o auxílio espiritual no momento que precisar”, destaca Oziel.

“Esse é um momento de unirmos a força espiritual, na questão da fé. Independente da fé que está em questão, o melhor alcance é a nossa unidade espiritual e a Santa Casa tem muita gente católica e muita gente evangélica que tem essa visão dessa unidade”, diz o servidor.

Pastoral – A enfermeira Emília Gonçalves informa que os pacientes têm o direito garantido da assistência espiritual e acha que vai ser um trabalho muito bom, tanto para pacientes como para os integrantes da pastoral da saúde que atuam no hospital.

A gente já está avisando a comunidade vizinha da Santa Casa, que assim que houver a mudança serão avisados para participarem das celebrações de fé. “A comunidade ao redor do hospital já participa das atividades litúrgicas da capela e acredito que aqui vai ficar mais viável a participação da comunidade, até por conta da acessibilidade”.

Ascom – FSCMPA

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