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É Páscoa na Santa Casa

Desde os 3 anos, Rian Oliveira precisa viajar três vezes por semana de Bragança, no nordeste do estado, onde mora para o Hospital da Santa Casa, em Belém, onde faz sessões de hemodiálise no setor de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica (TRSP).

O desafio de enfrentar um tratamento complexo, ainda tão criança, faz de algumas datas, como a Páscoa, um momento de celebração para ele. Hora de participar de brincadeiras, receber muitos gestos de solidariedade e renovar as esperanças, afirma Maria Lecide, avó do menino.

“Desde o primeiro momento em que eu cheguei aqui na Santa Casa com o meu neto nós fomos muito bem recebidos pela equipe, que além de fazer o melhor no tratamento, também nos oferece momentos como essa celebração da Páscoa, com uma preocupação em trazer alegria não só para as crianças, mas também para nós acompanhantes. E quando a gente celebra a ressurreição de Jesus, é muito bom ver que apesar do mundo estar vivendo tantas coisas tristes, aqui a gente encontra apoio e pessoas que se solidarizam com as pessoas, que é o que Jesus quer”, conta emocionada Maria Lecide.

A arte das crianças no mural do Espaço Acolher na Santa CasaFoto: Ascom / FSCMPA

 

A programação comemorativa da Páscoa no setor de TRSP contemplou 25 crianças em tratamento e seus acompanhantes e foi realizada pela equipe multiprofissional do setor em parceria com a Associação de Renais Crônico e Transplantados do Pará e Pastoral Social da Catedral Metropolitana de Belém. Um momento de reflexão e solidariedade, como explica Belina Soares, presidente da Associação.

“A gente vem todos os anos, na ocasião da Páscoa para trazer um conforto físico e espiritual para essas crianças e familiares para que nesse momento eles possam relaxar. Nós também participamos de ações em outras datas, como o Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, sempre apoiando a equipe da Terapia Renal Substitutiva Pediátrica no que ela precisa para o trabalho com essas crianças”, informou Belina.

Este ano, a associação contribuiu para a programação da Páscoa da TRSP com 30 cestas básicas para as famílias e kits com ovos de páscoa para as crianças. O Diácono Silvio Ataide, da Catedral Metropolitana de Belém, participou da programação e falou sobre o significado da Páscoa.

“Para aqueles que creem, a Páscoa é a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e representa a transformação na vida da gente e sabemos do momento em que esses pacientes estão vivendo com essa situação de tratamento, mas a mensagem que trazemos a vocês é que não percam a esperança”, afirmou.

Esperança que Ana Almeida, de 47 anos, que completa hoje 1 mês de internação na enfermaria de clínica médica tem de em breve recuperar a saúde e estar reunida com os quatro filhos para celebrar a Páscoa do jeito que gosta.

 

 

 

 

 

“Para mim a Páscoa é muito importante pois é o renascimento de Jesus e nessa data eu gosto de comprar chocolate para os meus filhos e fazer comidas que representam a Semana Santa. Hoje eu estou aqui no Hospital, e essas atividades me trouxeram um pouquinho dessa alegria e me fizeram esquecer um pouco que estou doente”, diz a paciente.

Ana e outros 20 pacientes da enfermaria da clínica médica confeccionaram coelhos, falaram sobre o significado da Páscoa e acompanharam a visita da “Coelha Charlotte” em uma dinâmica de terapia ocupacional. A terapeuta ocupacional Clévia Dantas, que atua na enfermaria da Clínica Médica São Paulo, falou do objetivo da ação.

“As pacientes internadas aqui normalmente vivem períodos longos de hospitalização e como a Páscoa é a celebração da esperança, nós fizemos terapêuticas alusivas e trouxemos a personagem coelha que trouxe descontração, pois promover atividades que gerem boas emoções também faz parte do nosso cuidado com os pacientes”, ressalta a terapeuta ocupacional.

Páscoa Amazônica – No Espaço Acolher, onde ficam hospedadas crianças e adultos Vítimas de Escalpelamento, a Classe Hospitalar da Seduc promoveu uma programação de Páscoa que usou o peixe, em vez do coelho para representar a renovação da vida na Páscoa e a Piracema como referência a celebração Cristã, por ser um período fundamental para a reprodução dos peixes bem conhecida por quem vive na Amazônia paraense.

“Nós colocamos o peixe como referência na Páscoa para as meninas, que são de comunidades ribeirinhas e nunca viram um coelho. O peixe é também um símbolo da Páscoa e está presente no dia a dia delas”, explica Denise da Mota, professora da Classe Hospitalar.

Fissurados celebram – Na tarde desta quinta-feira, os pacientes que são atendidos no Ambulatório do Serviço de Fissurados da Santa Casa puderam contar também com uma programação especial de Páscoa promovida pela equipe multiprofissional do ambulatório e também pela Ong Smile Train.

A programação, voltada para os pacientes agendados contou com a presença de um mágico, de uma contadora de histórias e a distribuição de brindes e lanches e representa a retomada de programações sociais voltadas aos pacientes, antes suspensas por conta da pandemia, explica a coordenadora da equipe multiprofissional do Serviço de Fissurados, Déborah Costa.

“Eventualmente promovemos essas programações em parceria com a ONG Smile Train. Demos uma pausa durante a pandemia, mas já retornamos, pois essas atividades lúdicas promovem maior integração entre nossos pacientes e Equipe Multiprofissional”.

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