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Crianças em terapia renal voltam a ter aulas presenciais na Santa Casa

No Dia da Escola, no calendário nacional, o projeto Classe Hospitalar retomou as atividades nesta terça-feira (15)



Por dois anos, a equipe da Classe Hospitalar, que atua dentro da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), desenvolveu apenas atividades remotas, por conta da pandemia da covid-19. Desde março de 2020, as aulas foram adaptadas para as crianças receberem e realizarem as tarefas, sem a presença física das professoras.

Por isso, a voltas às aulas presenciais trouxe fortes emoções aos estudantes, pais, equipe de saúde e professoras da classe hospitalar, observa a pedagoga, Rosiane Alcântara, responsável pela classe hospitalar dentro das enfermarias pediátricas e do setor de terapia renal substitutiva pediátrica da Fundação Santa Casa.

“Estar aqui hoje, nessa data, que é o Dia da Escola, nos emociona muito, pois foram dois anos que nos mostraram a importância do nosso trabalho. Mesmo quando a gente não estava aqui, nós preparávamos as atividades e elas voltavam todas feitas”, relembra a professora.

Rosiane Alcântara fez questão de manifestar gratidão pela vida e pelo aprendizado dos alunos. “É muito gratificante, pois somos profissionais da pedagogia trabalhando em um espaço que não é uma escola tradicional, com crianças que estão em tratamento no hospital, e cada momento é um momento de conquista, pois nós queremos que eles aprendam, que não percam o ano, que tenham o aprendizado e a relação de escola, pois esses alunos aprendem tudo”.

A Classe Hospitalar da Santa Casa existe desde 2009, como resultado de uma parceria entre a FSCMP e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Atualmente, a equipe que atua dentro do hospital atende em média 50 estudantes por mês em 3 espaços hospitalares. São crianças em acompanhamento nas enfermarias pediátricas Santa Ludovina e São Francisco e outras em tratamento prolongado no setor de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica, como a pequena Rinutmilly Braga de Oliveira, de 5 anos, que caprichou para deixar a tarefa do dia bem colorida.

Para a mãe da menina, Rosiane Braga, o retorno às aulas presenciais traz muitos benefícios para as crianças. “A minha filha se desenvolveu bastante desde 2019, quando ela começou a acompanhar a classe aqui e eu acho muito importante essa volta das aulas presenciais, com a participação das professoras com eles, pois assim as crianças se desenvolvem mais e também ajuda a ser menos difícil esse tempo que elas precisam passar aqui na máquina fazendo hemodiálise”, declara Rosiane Braga.

A classe hospitalar traz benefícios que vão além do aprendizado escolar das crianças, como explica a psicóloga da Santa Casa, Silvia Maués, que acompanha as crianças em tratamento no hospital.

“Tudo o que a gente puder fazer para trazer uma rotina como a que as crianças tinham antes do tratamento é benéfico, pois quando a doença vem, ela provoca uma quebra da rotina da vida diária. A gente sabe que a escola promove a integração, a sociabilidade e o aprendizado e é nela que elas têm as trocas com outras crianças, e esse trabalho pedagógico contribui para o bem estar dessas crianças”.

Além da equipe que atua dentro do hospital, a Classe Hospitalar  também possui uma equipe que atende às vítimas de escalpelamento no Espaço Acolher. O projeto é resultado de uma parceria da Santa Casa, por meio da diretoria de ensino e pesquisa da Fundação, com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). A coordenadora do programa Classe Hospitalar do Estado, ressalta os objetivos do programa estadual.

“O objetivo do programa é não interromper, com a hospitalização, o processo de aprendizado e oferecer uma educação mais humanizada e adaptada às especificidades dos espaços onde a classe hospitalar atua”, ressalta a coordenadora.

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