Por meio de um Termo de Cooperação, o hospital receberá recipientes coletados nas ações do Programa de Eficiência Energética da Equatorial Pará (E + Reciclagem)
Aos 42 anos, Madalena dos Santos comemora a alta de seu filho Samuel da Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCI-Canguru), da Santa Casa de Misericórdia do Pará. O bebê nasceu na 32ª semana de gestação pesando menos de 2 quilos, e precisou do leite humano, doado por voluntárias, ao Banco de Leite Humano (BLH) da Santa Casa.
“Foi muito difícil, porque ele ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e eu não conseguia tirar leite no começo. Mas ele recebeu leite do banco e nós fomos muito bem cuidados por toda a equipe da Santa Casa. Aos poucos, eu fui conseguindo tirar também e agora que ele já está mamando, nós vamos voltar para casa. E por isso, eu sou muito grata a cada mãe que doou para o banco e possibilitou que o meu bebê fosse alimentado. Para mim esse é um gesto de amor”, declara Madalena.
Do outro lado dessa rede de amor está a mãe doadora Lorena Maia, que deu à luz na Santa Casa e se sensibilizou para a causa da doação de leite. “Quando a minha bebê nasceu, eu tinha muito leite e fiquei sabendo que a Santa Casa recebe doações para os bebês internados na UTI. Então, eu me sensibilizei e passei a doar para o banco de leite”, conta Lorena.
O que algumas pessoas não sabem é que entre a doação, feita por Lorena e a recepção do leite que vai para os bebês prematuros como Samuel, existem as etapas do armazenamento e processamento do leite captado pelo Banco de Leite Humano da Santa Casa. E para que esse leite passe por essas etapas, são necessários os vidros com tampas plásticas rosqueáveis, que estão presentes desde o kit de coleta, que as mães doadoras recebem na visita feita pelos Bombeiros da Vida, até quando são armazenados nos freezeres e posteriormente pasteurizados para poderem servir como alimento aos recém-nascidos.
A gerente do BLH da Santa Casa, Cynara Souza, destaca a importância das doações de leite humano e de recipientes para o seu armazenamento. “O leite materno está de acordo com todas as necessidades do bebê, então a resposta clínica ao tratamento desse recém-nascido vai ser muito melhor do que ele fazendo outros tipos de substituto de leite materno. E a importância da arrecadação desses frascos é essencial pois vai armazenar esse líquido precioso que é doado”, ressalta a nutricionista e gerente do Banco de Leite Humano.
E para reforçar essa arrecadação de recipientes de vidro usados no armazenamento do leite materno, a Santa Casa conta a partir deste mês com a parceria com a Equatorial Energia, que por meio de um Termo de Cooperação Técnica vai doar para o hospital recipientes coletados em suas ações ligadas ao Programa de Eficiência Energética da Equatorial Pará (E + Reciclagem). Uma das iniciativas da empresa direcionada à cultura da coleta seletiva e da conscientização sobre a preservação do meio ambiente.
“Nada mais justo do que a gente aproveitar nossa estrutura, tudo o que a gente tem em Belém e em outras cidades com a estrutura da E+ Reciclagem e coletar o pote de vidro para que a gente possa doar e beneficiar o Banco de Leite Humano aqui na Santa Casa e as mães e bebês atendidos”, afirma William Melo, engenheiro da área de eficiência energética da Equatorial.
Atualmente o Banco de Leite Humano da Santa Casa coleta em média de 200 a 250 litros de Leite por mês e recebe cerca de 100 vidros doados. A meta é ampliar a captação de leite para 350 litros ao mês e a de vidros para 500 recipientes por mês.
Serviço: os telefones para se fazer o cadastrar para ser uma doadora do Banco de Leite Humano ou para doar frascos para armazenar o leite doado são os 4009-0375/4009-2212/4009-2311 ou 988996326 (WhatsApp e telefone), que funcionam no horário das 8h às 18h.
