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Santa Casa tem protocolos de prevenção da transmissão de HIV de mãe para filho

Em 2023, até o mês de novembro, 9220 pacientes foram testadas na UEO da Santa Casa e, até o momento, 22 tiveram o diagnóstico positivo para HIV

A Santa Casa de Misericórdia do Pará possui um protocolo de prevenção da transmissão do HIV de mãe para filho. De acordo com a enfermeira Carmem Peixoto, assim que as gestantes chegam no hospital, elas são submetidas a um teste rápido. “Independente delas já tere sido testadas durante o pré-natal ou não, ao chegarem na Urgência e Emergência Obstétrica, da Santa Casa, as gestantes em trabalho de parto passam por teste rápido. Após isso, só dispensamos àquelas que tem HIV positivo e apresentam toda a documentação que comprove que estão efetivamente em tratamento”.

Carmem é coordenadora da Unidade de Urgência e Emergência Obstétrica(UEO), setor da Santa Casa que no ano de 2022, realizou quase 10 mil testes rápidos, 200 positivos para HIV, destas 172 de mulheres referenciadas testadas no pré-natal e 28 diagnosticadas com o teste rápido durante a triagem. Em 2023, até o mês de novembro, 9220 pacientes foram testadas na UEO da Santa Casa. Até o momento, 22 tiveram o diagnóstico positivo para HIV.

Além dos testes durante a triagem, as gestantes que recebem o diagnóstico também realizam o teste de carga viral que pode determinar quais serão os próximos passos a serem realizados durante o parto, como forma de minimizar os riscos da transmissão vertical do HIV, explica a médica Marília Luz, gerente da maternidade da Santa Casa.

“O protocolo é indispensável, pois ajuda a reduzir o risco de transmissão do HIV entre mãe e bebê, mas, os estudos mostram que o mais importante é fazer um bom pré-natal e nesse período tomar medicamentos para manter essa carga viral indetectável ou abaixo de mil”, explica a médica.

Abaixo de mil significa que a carga viral é menor que mil cópias do vírus por ml de sangue. Segundo o protocolo instituído na maternidade da Santa Casa, as condutas no parto se diferenciam conforme a carga viral e estado clínico da gestante e do bebê e englobam o manejo das complicações obstétricas, a indicação da via de parto – se vaginal ou cesárea, com os cuidados específicos a serem tomados para cada tipo de parto; a definição do esquema profilático que será usado para cada caso; e, depois do parto, os cuidados no puerpério.

Alta Farmacêutica Assistida

Como parte dos cuidados pós-parto, a Santa Casa realiza desde 2021 a Alta Farmacêutica Assistida, que consiste em fornecer à mãe com HIV, informações sobre o esquema profilático para o bebê. É o momento no qual são dadas informações como a preparação e administração dos medicamentos, o correto armazenamento, interações e incompatibilidades de medicamentos ou com nutrientes, reconstituição do medicamento, armazenamento e sobretudo da eficácia da terapêutica se realizada corretamente.

Uma jovem que deu à luz ao seu segundo filho em novembro na Santa Casa, faz tratamento contra o HIV desde a primeira gestação e recebeu a alta da farmacêutica da Santa Casa.

“É importante, pois no ato da alta, é repassado orientação acerca dos medicamentos do esquema profilático aos responsáveis pelo recém nascido, conscientizando sobre a adesão ao tratamento para que o bebê não desenvolva a doença, contribuindo assim para eliminação da transmissão vertical do HIV”, ressalta a farmacêutica, Ana Nísia Aragão, responsável pelo procedimento na instituição.

Ao ter alta, além das orientações personalizadas dadas pela farmacêutica, a paciente também recebe uma cartilha de informações. Este ano foram realizadas 96 altas farmacêuticas assistidas para recém nascidos na Santa Casa. De 2021 até agora 287 bebês iniciaram o esquema profilático com a orientação farmacêutica.

 

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