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Intervenção terapêutica promove desenvolvimento de habilidades das crianças na Santa Casa

Hospital garante equipe multiprofissional junto às crianças em internação prolongada para o desenvolvimento de ações sensoriais e motoras adequadas

Noah tinha 1 ano e dois meses quando começou seu tratamento na Fundação Santa Casa. Para a mãe, Andressa Vasconcelos, foi o início de uma busca incessante por informações e apoio para que o menino, mesmo em tratamento, pudesse ter o desenvolvimento adequado na infância. Agora, com 2 anos e 7 meses, Noah é um garoto esperto e cheio de vida.

Andressa Vasconcelos recorda que quando ele iniciou a hemodiálise era a fase para ele começar a andar, a internação prolongada, de quase três meses, retardou esse desenvolvimento. “Com a ajuda da terapia ocupacional e da psicologia aqui, da Santa Casa, foi que ele conseguiu ir se desenvolvendo e eu sempre busquei orientação tanto para o desenvolvimento da fala, dos movimentos e até como lidar com as emoções”, contou a mãe.

O Governo do Pará, por meio de políticas públicas de atenção à saúde, está atento ao desenvolvimento das crianças, essa atenção é redobrada quando a criança enfrenta a rotina hospitalar, o que pode interferir negativamente em cada fase do desenvolvimento dela.

A terapeuta ocupacional, do Serviço de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica da Santa Casa, Fernanda Lobato, enfatiza os cuidados e procedimentos assegurados às crianças no hospital “Por meio das intervenções terapêuticas a gente tenta minimizar os efeitos que a hospitalização, a doença crônica, os procedimentos invasivos e dolorosos podem impactar na vida dessas crianças”.

“Como ela está em processo de formação, autodescoberta, de tomar consciência de quem ela é e do seu mundo, a gente tenta dar instrumentos para que essa criança possa crescer de forma saudável, enxergando o mundo e enxergando essa realidade de cuidar de si, porque é um tratamento que vai exigir que ela se cuide por toda a vida”, explica Fernanda Lobato.

A equipe multiprofissional da Santa Casa monitora a saúde física e também o desenvolvimento psicossocial, motor e cognitivo das crianças. Fernanda Lobato destaca que o tratamento busca garantir a preservação da infância, e o desenvolvimento das habilidades infantis.

“A gente olha essa criança hoje, mas vislumbra ela como um adulto no futuro, dando para um tratamento com ela com autonomia, segurança, e capacidade de gerir a vida, fazer as suas próprias escolhas. A cada sessão de hemodiálise a gente oportuniza atividades expressivas, o contato com atividades lúdicas por meio das quais a gente estimula a parte de coordenação motora, o desenvolvimento cognitivo, a aprendizagem, para que ela seja uma criança que tenha um desenvolvimento equiparado ao de uma criança que não tem o contexto de vida hospitalar”, afirma Lobato.

O acompanhamento às crianças em tratamento, atendidas no setor de terapia renal da Santa Casa, usa como referência para a avaliação das crianças os marcos de desenvolvimento infantil, definidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

A equipe trabalha para que cada paciente esteja dentro dos marcos ou próximo deles. Os marcos são uma série de habilidades esperadas para serem atingidas pelas crianças em cada idade, como a linguagem e a fala, o desenvolvimento motor, o desenvolvimento cognitivo e a socialização. Estas referências do desenvolvimento infantil também são observados e estimulados pelas equipes multidisciplinares que atendem no setor de neonatologia da Santa Casa e no ambulatório de pediatria.

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