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Santa Casa realiza programação alusiva ao Janeiro Branco

Servidores da instituição contaram com espaço de escuta, dinâmicas e orientações sobre os serviços voltados à saúde mental

Com mais de 2,5 mil servidores, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) é um dos maiores estabelecimentos de saúde do Estado com serviços como a maternidade, UTIs e outros setores de internação hospitalar que funcionam 24h por dia, durante todos os dias do ano.

Um serviço que não para e que exige muito, tanto das qualidades físicas como mentais dos profissionais de saúde e áreas afins, responsáveis por manter o bom atendimento à população.

Para sensibilizar estes trabalhadores sobre a importância de desenvolverem hábitos e atitudes voltados para a saúde mental, a FSCMP, por meio da Gerência de Saúde do Trabalhador (GSAT) aderiu a campanha Janeiro Branco, que tem como tema este ano: ” A vida pede equilíbrio!”.

Por meio de dinâmicas, rodas de conversas e palestras, os servidores receberam nesta quarta (25), orientações sobre o autocuidado, como lidar com conflitos na vida pessoal e no ambiente de trabalho e onde  buscar apoio dentro e fora da instituição.

“Nós trouxemos informações sobre diversos programas desenvolvidos pela gerência de Saúde do Trabalhador, que direta e indiretamente contribuem para a saúde mental do trabalhador. Um desses programas é o Cuidando de quem Cuida, desenvolvido em parceria com a Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (GEDP), onde nós fazemos o acolhimento e a escuta do servidor, um diagnóstico da qualidade de vida do trabalhador e do que ele está precisando, seja uma questão financeira ou algo relacionado a saúde mental e daí nos direcionamos para um grupo que possa prestar suporte a esse trabalhador de acordo com a sua necessidade”, esclarece a psicóloga da GSAT, Lorena Tenório.

Outros cuidados disponibilizados pela GSAT aos servidores são a Auriculoterapia, que é uma técnica derivada da acupuntura que é coadjuvante no tratamento de diversos problemas de saúde físicos e emocionais; a fisioterapia e a ginástica laboral, voltadas à correção postural, redução de dores e prevenção de doenças do trabalho, entre outros benefícios; e a Terapia Reiki, uma modalidade de terapia integrativa que também contribui para o bem estar físico e mental.

O gerência também desenvolve o Programa de Acompanhamento ao Servidor Readaptado (Prosear); o TSIS – Saúde e Acompanhamento, que tem entre seus objetivos, contribuir, acompanhar e avaliar os resultados obtidos pelo servidor que realiza tratamentos de saúde; e o Regando Cuidados, de acompanhamento de servidores hipertensos e diabéticos.

Mas além dos programas, a equipe multidisciplinar é treinada para acolher os servidores, sempre que é demandada ou mesmo quando observa em sua rotina de atendimento que o trabalhador precisa de apoio, conta a fisioterapeuta Rita Cals.

“Outro dia, eu ia iniciar uma sessão de auriculoterapia com uma servidora e percebi que ela não estava bem. Cuidadosamente fui conversando com ela, que se abriu. Eu fiz a escuta e a convenci que precisava de uma ajuda mais especializada, e como era algo além da minha área de formação, eu pedi que uma profissional com mais experiência nesse tipo de assistência a atendesse e conseguimos ajudá-la naquele momento”, relembra.

Para a servidora Etiene Nascimento, que há 17 anos trabalha na Santa Casa, tanto a campanha Janeiro Branco, quanto o movimento permanente de escuta do servidor dentro do hospital é essencial para a saúde mental dos trabalhadores, que ainda se recuperam dos traumas vividos durante o período mais grave da pandemia.

“Existem muitas situações que nós sozinhos não sabemos lidar nem resolver e é bom ter alguém que nos escute, nos acolha e nos mostre uma maneira de lidar com essas situações. Na época da Covid-19, por exemplo, foi uma situação na qual a gente não sabia o que fazer e vinha trabalhar na marra, pois não queríamos ver as coisas tristes que estavam acontecendo por conta da doença. Isso afetou o psicológico de muitos de nós e até hoje precisamos mais e mais desse apoio”, conta a servidora.

Texto: Etiene Andrade – Ascom Santa Casa

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