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Bebês de grávidas com HIV que dão a luz na Santa Casa recebem acompanhamento farmacêutico especializado

A Alta Framcêutica Assistida evita que recem-nascidos contraiam o vírus e garante que tenham uma vida saudável

A prevenção para que o vírus da Aids (a síndrome da imunodeficiência adquirida) não seja passado de mãe para filho (transmissão vertical) começa na maternidade da Santa Casa já na triagem das pacientes. Todas são testadas, e caso o teste seja positivo, elas já recebem o medicamento antirretroviral para evitar que o vírus seja transmitido ao bebê durante o parto.

Mas os cuidados não se resumem a gestação e parto. Já no primeiro dia de vida, ainda no hospital, os bebês também recebem medicamentos, que visam reduzir a carga viral e evitar o adoecimento. Além disso, para que esses medicamentos sejam dados aos bebês sem nenhuma falha, após a alta hospitalar, desde o segundo semestre de 2021 a gerência de assistência farmacêutica da Santa Casa implementou a alta farmacêutica assistida, que consiste em uma série de ações, como explica a farmacêutica clínica da Santa Casa Haila Vieira.

“ A mãe soropositiva já faz o medicamento injetável ao entrar na santa Casa. Mas o bebezinho também vai precisar fazer uso de um esquema de medicamentos, por via oral e por um período mais longo, de 28 dias, que são cruciais para que ele não adoeça. E como há muitas particularidades nessa administração, nós vimos a necessidade de ter um farmacêutico orientando essa mãe, pois ela sai do hospital levando até três medicamentos, o que muitas vezes causa dúvidas no preparo e até medos de reações”, explica Haila.

As informações são dadas pessoalmente às mães, pais e responsáveis, pela farmacêutica Ana Nísia, responsável pela alta assistida na maternidade.

“Orientamos quanto a dosagem prescrita, horários, armazenamento do medicamento, e principalmente sobre a importância do tratamento para a saúde do paciente, que não haja interrupção na adesão do tratamento.
Durante a orientação, são sanadas todas as dúvida inerentes ao tratamento, as mães se sentem mais seguras, pois entregamos também a orientação escrita, para que possam consultar em caso de dúvidas, assim aumenta a efetividade do tratamento, pois trabalhamos com a concientização desses pacientes.”

As orientações escritas também constam em uma cartilha, elaborada pela gerência de assistência farmacêutica e pela equipe de farmácia clínica da Santa Casa, com linguagem acessível e recursos visuais que também ajudam na preparação e administração dos medicamentos em casa.

Tudo para que depoimentos como o de uma avó de bebê que recebeu os medicamentos possam ser sempre uma realidade, recorda Ana Nízia.

“Me senti muito gratificada, quando recebi o telefone de uma avó ( que recebeu a orientação junto a mãe), agradecendo pela orientação, pois havia ido buscar o resultado do exame da criança e estava tudo bem. Afirmando ter sido o nosso trabalho importante para que isso ocorresse”, conta a farmacêutica.

Em 2021, na Santa Casa, 185 mães receberam o medicamento para prevenção do contágio do bebê por HIV e 206 recém nascidos fizeram o esquema de profilaxia para evitar o adoecimento.

Texto: Etiene Andrade – Ascom Santa Casa

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