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O médico geriatra Daniel Felgueiras Rolo, integrante da equipe do Hospital Sírio-Libanês (HSL), de São Paulo (SP), instituição responsável pela implantação do programa na Atenção Hospitalar, Ambulatorial Especializada e Atenção Domiciliar, destacou a importância da difusão dos CP em hospitais do SUS, como a Santa Casa do Pará.

“Nosso entendimento é que esses cuidados devem ser realizados não só por especialistas, mas que qualquer médico, enfermeiro ou psicólogo deve aprender sobre os cuidados paliativos básicos para atender ao paciente grave. O nosso objetivo é fomentar essa cultura que cuida de pacientes graves, para alívio de sofrimento e conforto em todas as esferas. É nesse sentido que vamos trabalhar aqui na Santa Casa”, explicou o médico.

O Programa de Cuidados Paliativos no SUS será desenvolvido na Santa Casa durante 10 meses, com ações fomento à cultura, implantação de protocolos e incentivo aos processos da Santa Casa referentes aos pacientes que necessitem de CP.

Conforto – A diretora Técnica Assistencial da Santa Casa, Norma Assunção, ressaltou a importância do desenvolvimento do projeto no Hospital. “A Santa Casa foi convidada pela Sespa para fazer parte desse projeto do Ministério da Saúde, desenvolvido pelo Hospital Sírio-Libanês. É de suma importância a questão, que é uma resolução do próprio Ministério que as instituições de saúde trabalhem os cuidados paliativos, para que as equipes tenham esse olhar sobre o paciente que não tem possibilidade terapêutica, oferecendo um cuidado humanizado que dê conforto e atenda a sua necessidade imediata”, afirmou a diretora.

O projeto vai ser realizado em todos os setores da Santa Casa que atendem pacientes com a necessidade de cuidados paliativos.

Em agosto de 2019, a Santa Casa iniciou um projeto-piloto de Cuidados Paliativos, que partiu da necessidade de oferecer cuidado centrado na pessoa (paciente), e cujos resultados aproximaram a instituição do Programa que será implementado, sob a coordenação do Hospital Sírio-Libanês, informou a médica intensivista pediátrica Patrícia Carvalho, que integra a equipe de cuidados paliativos da Fundação Santa Casa.

“O projeto iniciou com duas médicas pediatras especialistas em cuidado paliativo, em conjunto com equipe multi de cada setor, para que planos terapêuticos fossem construídos, atendendo às necessidades globais do ser humano. Os atendimentos foram iniciados na pediatria, neonatologia e clínica médica. Em maio de 2021 houve apresentação dos dados com os resultados desse piloto, e assim, por meio da Sespa, surgiu a proposta do projeto do Programa de Cuidados Paliativos no SUS, com o Sírio-Libanês”, disse a médica intensivista.

A Santa Casa vai receber as etapas de atendimento hospitalar e ambulatorial do Programa, enquanto a etapa de atendimento domiciliar será realizada pela Sesma.

Texto: Etiene Andrade – Ascom/Santa Casa