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Santa Casa promove sessão de Yoga e roda de conversa para tratar sobre o tema do suicídio

Setembro amarelo é uma oportunidade de romper o tabu a respeito de um problema de saúde pública que avança principalmente entre os mais jovens

A Fundação Santa Casa promoveu, nesta segunda-feira (13), uma programação especial sobre setembro amarelo, mês de alerta à prevenção ao suicídio, considerado no Brasil um problema de saúde pública, com muitas ocorrências, principalmente entre os mais jovens. A abertura da programação teve início com uma sessão de yoga, ministrada pelo professor Radha Mahan Das, que veio compartilhar um pouco do conhecimento do yoga com servidores da Santa Casa.

“É uma prática que promove o equilíbrio físico, emocional, mental e também promove uma melhora na qualidade de vida, no sentido de melhorar a respiração, a flexibilidade, a agilidade do corpo e da mente, aliviando dores tanto físicas, quanto emocionais e mentais”.

Segundo Radha Das, a prática do yoga para o trabalhador é fundamental no alívio do estresse que ele sente da carga de trabalho, do ambiente de trabalho. É fundamental que cuide de si mesmo, é muito importante que pare para se cuidar, porque o processo de trabalho em cuidar do outro, precisa de cuidar de si mesmo também.

A psicóloga Lindiane de Vasconcelos coordenou a Roda de Conversa que teve como tema “Setembro Amarelo – Girando em Direção à Vida”. Ela explica que, quando o hospital se preocupa com a saúde mental dos trabalhadores e toma essa iniciativa, dá oportunidade para que cada um possa vir falar, refletir, sobre esse adoecimento e sobre esse possível pensamento dessa possibilidade de ceifar a sua vida.

“A pandemia veio mostrar aquilo que estava sendo velado há muito tempo. Já existiam muitas pessoas que tinham o desejo, algumas conseguiram efetivar isso e outras ainda continuam adoecidas e refletindo e pensando como ceifar sua vida. A pandemia traz medo, conflito. Trouxe muitas incertezas para nós, a sociedade como um todo, infelizmente”, relata a psicóloga.

ALERTA

“Setembro amarelo é importante para alertar e discutir que isso existe em nossa sociedade, que a vontade de tirar a sua vida pode passar na vida e na família de cada um de nós. Não é do outro, é meu, ele também me pertence”, enfatiza Lindiane.

Carolina Zahluth, psicóloga da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CSAT), diz que o objetivo é fazer uma grande campanha dentro do hospital para que se fale sobre esse tema, que é considerado tabu. “Muitas pessoas acham que não falar sobre o suicídio está evitando, mas na verdade só estão criando uma sombra sobre um assunto que acontece muito entre profissionais da saúde e seus familiares, e temos que falar sobre isso para que as pessoas saibam o que fazer, como identificar que uma pessoa está com esse tipo de pensamento, onde devem procurar ajuda para evitar que o suicídio possa ocorrer”.

“Muitas vezes cria-se um clima de que é melhor não falar, e o paciente não se sente seguro para dizer que está tendo pensamentos suicidas, mas quando o paciente sente que está em um ambiente seguro e pode falar sobre o assunto, aí a gente consegue ajudar. Então o objetivo do evento é justamente quebrar esse tabu, fazer com que essas pessoas entendam o que é o pensamento suicida e aprendam sobre ele”.

PROGRAMAÇÃO

O evento contou com música ao vivo: Voz e violão de Diogo Rosa e apresentação do Coral Saúde e Vida Maria Helena Franco. O evento prossegue à noite, com uma live, às 20h, da mestranda da Santa Casa Amanda Ouríques e a psicóloga Izabel Oliveira, com o tema: “Trabalho em Saúde – Qualidade de vida e adoecimento mental”.

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