A Santa Casa realizou, nesta terça-feira (31), uma ação voltada aos servidores e acompanhantes de pacientes para tirar dúvidas sobre hábitos alimentares e os mitos e verdades sobre os alimentos. O evento é alusivo ao Dia do Nutricionista e aconteceu próximo ao refeitório da instituição, com degustação de alimentos e ainda avaliação nutricional.
O trabalho dos profissionais da área de nutrição, que atuam nos diversos setores do hospital da Fundação Santa Casa representa um avanço na integração entre servidores e usuários, o que resulta no atendimento multiprofissional que vem se solidificando desde o ano de 2009.
Martha Rodrigues, nutricionista integrante da equipe multiprofissional atuante na Santa Casa, diz que a função do nutricionista é primordial em assistir ao paciente para garantir uma alimentação de qualidade nutricional adequada em energia e proteínas para a manutenção do estado nutricional mesmo quando houver o agravo (doença aguda) e, após, reabilitá-lo nutricionalmente no processo de recuperação.
“Para isso é imprescindível a atuação da equipe multiprofissional: cito os cuidados iniciais, quando a equipe médica e de enfermagem sinalizam a gravidade da doença, exigindo necessidades nutricionais diferenciadas. Condutas como alimentação artificial (nutrição enteral ou parenteral) ou necessidade de adaptação da dieta oral. Em discussão multiprofissional, o nutricionista solicita e informa a necessidade de ajustes no plano terapêutico para melhor tolerância à dietoterapia prescrita”, relata Martha.
Quando a temperatura está mais elevada o corpo tende a perder mais líquido e sais minerais. Por isso, é importante manter-se hidratado e ter uma alimentação saudável, evitando ao máximo os alimentos processados e priorizando frutas, legumes, verduras, grãos, tubérculos e raízes. E não pode esquecer de estar sempre atento às medidas de prevenção como o distanciamento social, uso de máscara e a lavagem das mãos.
Vanda Marvão, integrante da Coordenação do Banco de Leite Humano da Santa Casa, trabalha como nutricionista há 28 anos. “Me sinto realizada por trabalhar com a nutrição materno-infantil promovendo um alimento como o leite materno, que atende essas crianças na sua integridade, e posso orientar as mães sobre qual a melhor alimentação para elas desde a gestação”.
“Com o crescimento de casos de obesidade, temos que fazer a educação nutricional e alimentar desde a primeira infância, pois no início da vida a nutrição pode definir como vai ser a saúde desse adulto mais tarde. É na primeira infância que se define muitos hábitos que essa criança vai levar para a vida adulta e pode ajudar a prevenir várias doenças. Alimentação saudável tem relação direta com o planeta, por isso temos que descascar mais e desembalar menos”, recomenda a nutricionista.
Alimentação Adequada – Ciléa Ozela, Ediane Araújo e Lana Canuto integram a Coordenação de Nutrição (CNUT), da Fundação Santa Casa, e relatam em um documento que os impactos sociais e econômicos da pandemia acirram os índices da fome no País, principalmente, se forem consideradas as situações de desigualdade social, de renda, étnico-racial, de gênero e de acesso a serviços de saúde.
Elas observam, por exemplo, que a crise gerada pela Covid-19 acirrou as expressões da violência que permeiam a sociedade capitalista, entre elas, as desigualdades sociais devido ao desemprego, redução de renda e incertezas. Ao mesmo tempo, o estado de pandemia afeta diretamente na oferta e demanda, reduzindo a produção e a distribuição de alimentos, reduzindo o poder de compra e afetando principalmente os mais vulneráveis.
Entre algumas recomendações da equipe técnica de nutricionistas está o fortalecimento de ambientes alimentares que mudem o comportamento do consumidor – por exemplo, eliminando as gorduras trans industriais e reduzindo o teor de sal e açúcar no abastecimento alimentar, ou protegendo as crianças do impacto negativo do marketing alimentar.
Confira as dicas de nutricionitas da Santa Casa para esse cenário de pandemia:
1. Adote rigorosamente as medidas preventivas e protetivas ao coronavírus, indicadas pelo Ministério da Saúde;
2. Fuja de promessas milagrosas envolvendo alimentos e terapias nutricionais;
3. Acesse informações sobre alimentação de fontes confiáveis;
4. Conheça o Guia Alimentar para a População Brasileira;
5. Em caso de interesse de orientação nutricional, procure um profissional de Nutrição.
Por Samuel Mota (SANTA CASA)
