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Familiares de pacientes renais da Santa Casa participam de oficina de produtos artesanais

Nefrologia pediátrica da instituição atende a 25 pacientes e garante abordagem humanizada inclusive para melhorar a renda das famílias dos pacientes

Os responsáveis por crianças que fazem tratamento renal na Santa Casa participaram, nesta quarta-feira (26), de oficinas para amenizar o estresse e reforçar a economia familiar. As oficinas são ministradas por integrantes do projeto ‘Amar é Servir’, da Igreja Assembleia de Deus. Eliana Sindeaux, integrante da coordenação do projeto, diz que o objetivo é elevar a autoconfiança e valorizar o trabalho das pessoas beneficiadas.

“O nosso grupo é formado por 12 pessoas, mas em função das medidas preventivas estamos em três. Estamos na terceira visita e trouxemos duas oficinas, que são preparadas com todos os cuidados por conta da pandemia: tudo embalado e higienizado com a antecedência que a situação requer”, diz Eliana, para explicar que a finalidade do grupo é ensinar, mas também aprender com as pessoas.

“O nosso grupo está feliz com essa interação. “Uma das finalidades é eles perceberem que podem, através dessas oficinas, se capacitar e entrar no mercado de trabalho”, destaca Eliana.

O agricultor Jorge Oliveira mora na zona rural de Bragança, nordeste do estado, e acompanha o neto W.R., de 7 anos, no Centro de Hemodiálise. Ele avalia que se trata de um trabalho diferente.

“Nunca participei de um evento desses e graças a Deus gostei muito. O que aprendi, vou repassar à minha esposa e à minha filha, para ganhar um dinheirinho extra. Essa oficina foi uma maneira de reunir com as outras pessoas e aproveitar o que a Santa Casa oferece para a gente”.

OPORTUNIDADE

Eliúde Cunha, mãe de L.C. de 3 anos, é de Parauapebas, sudeste do estado, e agora vive em Belém, onde acompanha o tratamento da filha na Santa Casa. Ela considera a iniciativa importante.

“É uma forma de aprendermos coisas novas e ter essas oficinas como terapia. Sair um pouco dessa rotina pesada. E essas oficinas oferecem até uma oportunidade de melhorar a renda, treinando mais e produzir para vender e ganhar uma renda extra.  As orientadoras dão as dicas sobre onde comprar, como encontrar o material mais barato e como pesquisar na internet, para aprimorar mais essas atividades”.

Monique Calandrini, nefrologista e gerente de Nefrologia Pediátrica da Santa Casa, diz que as parcerias são importantes por causa da visão humanitária dos serviços, que buscam melhorar a qualidade de vida, por se tratar de uma doença crônica que gera um impacto na família e traz um desequilíbrio social, econômico e psicológico.

“Essas famílias precisam desse apoio multidisciplinar. Elas precisam entender a doença crônica do filho, aceitar as dificuldades em que estão envolvidas e reinventar a vida a partir daí. Tanto do ponto de vista familiar, social, emocional, como do ponto de vista financeiro”, observa a médica.

Ela relata que, muitas vezes, o pai ou a mãe precisam largar o emprego formal para acompanhar seus filhos no tratamento.

“Então, essa oficina em especial, além de estar voltada à terapia, momento em que você compartilha experiências novas, quando você relaxa e vê o outro com estímulo para fazer, é uma forma de apresentar para essas famílias uma nova maneira de renda. São oficinas envolvendo atividades artesanais, manuais e que, com pouco custo de materiais, você consegue um produto que facilmente pode dar um retorno financeiro”, diz ela, ao acentuar que a abordagem do tratamento é sempre multidisciplinar e humanizado, buscando apoio espiritual e humano para que as famílias possam ressignificar a situação de dificuldade.

TERAPIA

A Gerência de Nefrologia Pediátrica oferece hemodiálise para crianças com doenças renais crônicas que moram em Belém e em municípios de outras regiões do Estado. O Centro é referência para tratar doenças renais em crianças e adolescentes, oferecendo nefrologia pediátrica, hemodiálise pediátrica, ambulatórios, enfermarias e interconsultas, com atendimento multiprofissional. Atualmente, 25 pacientes são atendidos no centro de terapia da Santa Casa.

Por Samuel Mota (SANTA CASA)

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