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Vivian Alves Valente, fazendo o contato pele a pele com seu bebê, na Unidade Canguru da Santa Casa do Pará

Santa Casa do Pará oferece o maior serviço público de neonatologia da região Norte

Hospital interna cerca de 2.500 pacientes ao ano em seus 60 leitos de UTI neonatal, 60 leitos de UCI convencional e 20 leitos de UCI canguru

Com a oferta de 60 leitos de UTI neonatal, 60 leitos de UCI convencional e 20 leitos de UCI canguru, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará interna cerca de 2,5 mil pacientes ao ano, o que faz dela a unidade que mais oferece serviço de neonatologia em toda a Região Norte e uma das maiores do país.

A médica e gerente da Neonatologia da Santa Casa do Pará, Salma Saraty, explicou que o perfil de atendimento do serviço de neonatologia é para recém-nascidos de risco (que são os prematuros de muito baixo peso e de extremo baixo peso, assim como os que nasceram com má formação neurológica, abdominal ou torácica) e crianças com asfixia perinatal grave.

                           Drª Salma Saraty

“A qualidade da assistência prestada na neonatologia têm impacto direto na diminuição da taxa de mortalidade de recém-nascidos na instituição, por isso, continuamos participando ativamente das estratégias do Ministério da Saúde como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, o QualiNeo e o Método Canguru, onde fazemos a manipulação mínima dos prematuros e o controle de estresse por meio da redução de ruídos e da iluminação, além da presença constante da mãe, que participa dos cuidados e coloca o bebê em posição canguru, o que contribui para ganho de peso. Esse modelo de assistência vem nos proporcionando redução na mortalidade neonatal em nossa unidade”, destacou a médica.

“Há dois anos, implantamos o centro de tratamento de asfixia perinatal grave com encefalopatia hipóxico-isquêmica, onde fazemos o tratamento com hipotermia terapêutica. Várias crianças já fizeram esse tratamento, que serve como proteção cerebral evitando morte ou sequelas causadas pela lesão cerebral”, complementou a medica.

A médica reforçou também a importância do aleitamento materno para o ganho de peso e melhora da imunidade dos prematuros, e disse que o diferencial do serviço de neonatologia da instituição é a assistência humanizada com acolhimento da família, onde a mãe e o pai permanecem na unidade. “As crianças graves ficam na UTI, as estáveis na UCI e aquelas que não precisam de tratamento vão para Unidade Canguru ficar junto da mãe e ganhar peso. Nosso processo de trabalho é pautado na assistência humanizada com acolhimento familiar, mas devido a pandemia houve uma restrição no horário do pai, porém a mãe permanece o tempo todo com o bebê e muitas vezes elas fazem ordenha à beira do leito para dar o próprio leite para o seu bebê. Quando a mãe não está na unidade recorremos ao banco de leite, mas a gente sempre prioriza o leite humano e de preferência da própria mãe que é mais eficaz para o ganho de peso da crianças, que precisa pensar 1.700g para iniciar o processo de desospitalização onde fica até atingir o peso de 2500g, que é quando ele sai definitivamente de alta e é orientado a se matricular no posto de saúde.”

Vivian Alves Valente, 36 anos, que mora em Mosqueiro, conta que teve que fazer uma cesariana de emergência e como sua bebê nasceu com baixo peso, precisou passar pela UTI, UCI e unidade canguru, mas teve que voltar para a UCI devido complicações. “As minhas plaquetas baixaram muito e eu corria o risco de hemorragia e de ter problema com cicatrização e por causa disso tiveram que fazer uma cesária e tirar o meu bebê prematuramente. Ele nasceu pesando 1.450g e teve que ficar dez dias na UTI, três na UCI e depois fomos para a unidade canguru onde ficamos por cerca de três semanas e hoje ele está com  1.600g”. Vivian disse que apesar das complicações está feliz por estar sendo tão bem assistida na Santa Casa.

Tiffany Veras com a filha no ambulatório do pré maturo

“Para mim está sendo ótimo. Todas as intercorrências que o meu bebê teve os servidores sempre estiveram dispostos a atender, e graças a Deus ele sempre tem sido socorrido rapidamente, e os médicos estão sempre disponíveis para dar informações e auxiliar a gente. Agora ele está em observação e vai fazer exames para descobrir porque ele tá assim”.

Tiffany Vitória Silva Veras, 18, mora no bairro da Guanabara, em Ananindeua, e conta que sua filha já passou por todas as etapas de que um prematuro passa para ganhar peso, e hoje veio só trazer ela para tomar uma vacina. “Assim que ela nasceu, foi direto à UTI e passou vinte três dias lá, depois passou mais seis dias na UCI e finalmente pode ir para a unidade canguru onde chegou com 1.344 g e saiu com 1.644g. Lá tive uma experiência muito boa, conheci vários profissionais, todos de excelente qualidade, que me ensinaram os cuidados que a gente tem que ter com o prematuro, a forma correta de amamentar, como trocar fralda e outras coisas, foi muito bom o atendimento que recebi, me sinto grata. Hoje a minha bebê já está de alta daqui do ambulatório do prematuro. Só vim fazer a vacina para fortalecer o pulmãozinho dela. Todos sempre foram muito atenciosos durante a internação da minha filha, e não foi diferente quando ela estava sendo acompanhada aqui no ambulatório, eles foram muito atenciosos e sempre reforçaram os cuidados que devemos ter.”

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