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Santa Casa realiza Fórum de atenção integral ao recém-nascido de risco

A Fundação Santa Casa realizou, nesta quinta-feira (04), de modo presencial e online, aos profissionais de saúde de Belém e de outras cidades, um fórum sobre a importância dos cuidados com recém-nascidos de risco, com a parceria da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Sespa e Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape). O evento é direcionado aos profissionais que atuam na sala de parto, residentes de pediatria, além de gerentes e diretores de maternidades.

O presidente da Fundação Santa Casa, Bruno Carmona fez a abertura do evento e destacou que a Santa Casa é a maior maternidade do Pará e uma das maiores do Brasil. “Essa parceria visa atender as recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde para redução das taxas de mortalidade neonatal, que são aqueles bebês com menos 28 dias de vida, após seu nascimento e visa qualificar permanentemente a atenção aos recém-nascidos. Esse tipo de evento é fundamental para que possamos requalificar a nossa equipe, além de fortalecer a capacitação de outros profissionais de saúde por conta da Santa Casa ser um hospital de ensino também, e que é reconhecido pelo trabalho voltado à nossa população”.

O Fórum contou com a participação do médico Renato Lima, pediatra e neonatologista do estado de São Paulo, que realiza um trabalho de estruturação de salas de partos em lugares com infraestrutura insuficiente, com reconhecimento pela OPAS e que começa a ser implantado agora no estado do Pará, com o aval da Sespa. O médico falou que a mortalidade precoce, a de zero a seis dias de vida, ainda é muito alta no Brasil. Bebês que morrem na primeira semana morrem geralmente por asfixia, no momento do parto. Por isso, é fundamental fazer o treinamento dos profissionais de saúde que lidam com essa situação nos municípios.

“Essa parceria é inovadora, o Pará está sendo o primeiro estado recebendo essa replicação por meio da OPAS, a partir de novembro passado, e já tivemos resultados satisfatórios. A proposta, inicialmente, era de 11 meses de trabalho, mas já houve um pedido de ampliação para que a gente atinja outras regiões do estado. Vamos encerrar em Salinópolis e a partir do mês que vem, vamos iniciar em Portel (ilha do Marajó), relata o médico.

Para a médica Ana Guzzo, da Coordenação da Saúde da Criança/Sespa, as ações que são realizadas pela coordenação, têm o foco de reduzir a mortalidade neonatal no estado e um evento como esse que busca sensibilizar os profissionais para se juntarem com as coordenações e sociedade de pediatria no sentido de qualificar a assistência neonatal em sala de parto e verificar o trabalho realizado pelo doutor Renato Lima, que fez um modelo de assistência em sala de parto do estado do Piauí, é muito importante que se conheça.

“Tem muita coisa que pode ser feita para que se evite as complicações com esse bebê, ou para aquele bebê que nasce com dificuldades. De dez que nascem, um vai precisar de uma ajuda para respirar e isso é preciso ser considerado nas salas de parto. O que está proposto, inicialmente, em termo de cooperação com a OPAS, é a qualificação em cinco municípios inicialmente, para que depois a gente comece a expandir. Serão três no Marajó e dois no Baixo Amazonas”. Diz Ana Guzzo.

Vilma Hutim, médica da Santa Casa e presidente da Sociedade de Pediatria do Pará, disse que o fórum tem como objetivo apresentar a proposta da OPAS de apoio para reforçar as ações que já foram iniciadas em vários municípios do estado, com capacitações e ajustar o trabalho nas salas de parto, para atender o bebê que ali nasce. “E nós, enquanto Santa Casa e Sespa, entramos com o apoio técnico com a ida de profissionais para estes municípios para fazer as capacitações em reanimação nenonatal, em transporte neonatal e todos esses cuidados com esse bebê nas salas de parto”.

“A nossa meta, inicialmente, é alcançar cinco municípios com índices alto de mortalidade no Pará, para que possa ser capacitado esses profissionais para reduzir essa mortalidade neonatal principalmente por asfixia por falha no atendimento do bebê, que precisa de ajuda logo que nasce. E a gente vai somar nossos esforços para ajudar nossa população que precisa desse amparo na saúde. Destaca a médica.

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