Santa Casa realiza cirurgias para reconstrução de orelha com malformação.

A Santa Casa do Pará em parceria com uma equipe médica do Hospital de Clínicas de São Paulo está realizando desde quinta-feira (29), cirurgias em pacientes que necessitam de reparação auricular. A ação é a primeira do Estado para reconstrução de orelha em pacientes com problemas de malformação congênita na rede pública.

O procedimento de correção é delicado, difícil e demorado. Neste momento, estão sendo realizadas quatro cirurgias, com o atendimento feito ao paciente a cada turno. Para Marisa de Oliveira, moradora do município de Bujarú, nordeste do estado, o procedimento feito em seu filho Luiz Oliveira de Andrade, 11 anos, resgata sua autoestima e qualidade de vida. “Ele fez um implante de cartilagem em uma orelha, e na outra fez uma correção estética, e deu tudo certo graças a Deus, pois era uma cirurgia muito esperada por nós e agora ele vai ter uma qualidade de vida melhor. Nos já estávamos nos preparando para ir a São Paulo fazer essa cirurgia, mas como surgiu essa oportunidade de fazer aqui mesmo, achamos ótimo”.

Margarida Afonso de Souza é tia dos irmãos Adriel Silva Afonso,12 anos, e David Silva Afonso, 14 anos, que vieram de Soure, na Ilha de Marajó, fazer correção na orelha. “ Eles já nasceram com esse problema na orelha e na escola sempre sofriam bullying, aí quando chegavam em casa perguntavam quando iramos ajeitar a orelha deles. E agora estamos com uma expectativa muito boa, ainda mais agora que a gente viu como vai ficar, é impressionante”, exclamou Margarida. “ E o atendimento aqui é muito bom, é maravilhoso, os médico e as enfermeiras vem logo nos atender quando a gente chama. Sinceramente, nós estamos gostando demais do atendimento daqui”.

A ação que é executada pela equipe do Serviço de Fissuras e Anomalias Craniofaciais da Santa Casa e do Hospital de Clínicas de São Paulo, tem como objetivo atender uma demanda de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), de vários municípios do Estado. Segundo o médico Franklin Rocha, as cirurgias trazem um novo alento a esses pacientes. “Os paciente, que em sua maioria são crianças, foram submetidos a cirurgia porque nasceram sem orelha devido a uma deficiência congênita, e por isso sofrem com dificuldade de integração social, e essa cirurgia traz a possibilidade deles se reintegrarem socialmente, e durante o ano a gente vai continuar fazendo essas cirurgias nos paciente que necessitarem. Foram quatro casos operados em dois dias, e essas cirurgias são complexas, longas e feitas em varias etapas. Daqui a três ou seis meses faremos a segunda etapa dessa, e isso só foi possível devido a participação da equipe do Hospital de Clínicas de São Paulo que vieram nos auxiliar e trazer suas experiências nesse tipo procedimento”.

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