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Projeto Tele UTI Obstétrica do Ministério da Saúde realiza capacitação na Santa Casa

Profissionais de saúde, entre enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos e outros da área que atuam na maternidade da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) participam até esta terça-feira, 23, de uma etapa presencial do Projeto de Teleconsultoria Obstétrica, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. O projeto é em parceria com a Universidade de São Paulo, que tem como objetivo capacitar equipes de hospitais que atendem gestantes e puérperas em situações de alto risco.

“Nosso principal objetivo é contribuir para a redução da mortalidade materna em todo o país, com um modelo que proporciona a discussão de casos diariamente por teleinterconsultas, tendo do lado do Hospital de Clínicas da USP e do hospital capacitado um obstetra e um intensivista, que discutem a melhor conduta para um desfecho favorável em casos de hemorragia pós parto, eclampsia e sepse”, explica Cassiano Carvalho, coordenador do projeto.

Além da discussão de casos, o projeto também prevê a capacitação assíncrona com metodologia EAD para todos os profissionais dos hospitais participantes, por meio da plataforma de educação permanente da USP, com vídeoaulas; capacitação síncrona ao vivo, uma vez por semana, com todos os profissionais em uma sala virtual e a capacitação in loco, que acontece hoje na Santa Casa, ministradas por um obstetra, um intensivista, uma fisioterapeuta e uma obstetriz do projeto desenvolvendo o oficinas  e simulações de atendimento.

A FSCMP participa da segunda fase do projeto, juntamente com outros 15 hospitais de referência para alto risco distribuídos por todo o país. De acordo com Cassiano Carvalho, os resultados da capacitação já são visíveis nos hospitais que participaram da primeira fase do projeto.

“Na primeira fase houve redução de 45, 2% na razão de mortalidade materna nos hospitais participantes, que são todos hospitais de alto risco onde o paciente já chega de forma agravada e o objetivo é tornar mais acertiva a assistência a essas pacientes.”

Todos os meses, a maternidade da Santa Casa realiza mais de 700 partos, grande parte deles são considerados de alto risco. Em 2023, só o setor de urgência e emergência obstétrica da instituição realizou mais de 35 mil atendimentos. O enorme volume de pacientes e a complexidade dos casos faz com que os profissionais de saúde da instituição estejam em contínua capacitação para a melhoria do atendimento.

“Essa capacitação é muito importante, porque foca nas principais causas de mortalidade materna em todo o mundo. Aqui na Santa Casa, onde somos referência no atendimento às pacientes de alto risco de todo o Estado, o projeto vai melhorar ainda mais a assistência às pacientes pela equipe, e de forma multidisciplinar, pois abordagem a paciente de alto risco tem que ser dessa forma”, reforça a obstetra Marília Luz, coordenadora da maternidade da Santa Casa do Pará.

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