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Santa Casa é referência na Amazônia como hospital de ensino 

Em 1977 a Santa Casa teve seu primeiro Programa de Residência Médica em pediatria, e nove anos depois implementou a residência médica em clínica médica.

A Santa Casa do Pará iniciou suas atividades no ano de 1650, em Belém, uma das mais antigas do Brasil. Em 1990, a Instituição foi absorvida pelo governo do Estado, e passou ao status de Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA), em que está a maior maternidade pública do Pará, com cerca de 750 partos mensais. Atualmente tem mais de 500 leitos em atividades que abrigam pacientes das áreas de Obstetrícia e Neonatologia (referência no atendimento materno-infantil de média e alta complexidade), além da Cirúrgica e Clínica Médica. Paralela a essas atividades existe o Hospital de Ensino que é fundamental para o contexto da formação profissional, na área da saúde, da Amazônia.

Desde 1977, a Santa Casa do Pará vem formando médicos especialistas para prestarem atendimento qualificado nas regiões metropolitanas e no interior do Pará e por toda Amazônia. Nestes mais de 35 anos de Residência da Santa Casa, as áreas que mais formaram especialistas foram Pediatria, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia. Durante esses anos centenas de profissionais conseguiram suas especialidades nas 12 áreas de residências médicas oferecidas pela FSCMPA.

Bruno Carmona, presidente da Fundação Santa Casa, destaca que um dos pilares da instituição é ‘cuidar das pessoas, gerando conhecimento’. “Esse é o lema da Fundação, que se busca fazer com excelência. A instituição é um hospital público, que tem orgulho em atender 100% aos usuários do SUS, cumprindo todas as políticas públicas determinadas pela Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública)”. Ele acrescenta que “toda a estrutura dada por esse hospital é para que os residentes desenvolvam suas habilidades, para saírem daqui excelentes especialistas. O conhecimento do residente virá em forma de recompensa e reconhecimento profissional e da própria sociedade”.

Erica Cavalcante, diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Fundação Santa Casa, destaca que a instituição é campo de prática no ensino profissionalizante dos cursos técnicos do ensino médio, além de área prática para a graduação das universidades públicas e privadas. “A gente tem termo de cooperação com as universidades públicas e privadas, como Cesupa e Unifamaz, no campo da medicina. E as universidades públicas como Uepa e Ufpa. A Uepa é uma instituição irmã do estado e a Ufpa por termos de cooperação. E nós temos também a pós graduação, como o mestrado, aqui dentro, na linha de gestão. Além da Residência Médica que funciona dentro da Santa Casa desde 1977, e da Residência Multiprofissional, que é mais recente”.

“Hoje nós temos diversos programas de residência, com duração de dois a três anos, em especialidades e sub-especialidades. Em relação à graduação eles têm a oportunidade de fazer seu campo de prática nas enfermarias, nos ambulatórios, na sala de parto e centro cirúrgico. Então uma grande parte da formação dos alunos acontece aqui dentro. Desde as aulas de propedêutica, quando vem fazer o princípio do atendimento médico até o internato, em que os alunos fazem o treinamento em serviço com supervisão dos professores”, diz a diretora.

Lauro Nascimento, residente em enfermagem, diz que a passagem pela Santa Casa é fundamental. “Penso que há um compromisso da gestão em nos receber e nos ofertar o melhor que a instituição pode nos oferecer, com ensino de qualidade e, ao mesmo tempo, que a gente possa ter uma prática muito boa. Mostra como a gente pode fazer dentro da nossa vida profissional, e se tornar cada vez melhor dentro do que a gente se propõe a fazer e a construir aqui”.

“Esses dois anos vão nos moldar como profissionais, mas acima de tudo adquirir experiências e ir além de outros olhares da graduação, sobretudo do que somos capazes de fazer, e buscar beneficiar quem está sendo assistido aqui para obter uma boa assistência”, acrescentou Lauro Nascimento.

Para Vítor Bahia, residente em Anestesiologia, “a partir do momento que a gente entra no serviço tem que conhecer as regras, os fundamentos, depois os nosso deveres como profissionais da saúde. São três anos de residência que serão fundamentais para nosso saber profissional”.

“A residência médica e multiprofissional é fundamental para nossa formação profissional e o futuro da sociedade. A Santa Casa, por ser um hospital grande e oferecer bastante vagas, tem um papel fundamental para que forme novos profissionais, para que possam atender às pessoas que estão passando por dificuldades em uma área como a do SUS, que tem um déficit de profissionais na área médica”. Explica o médico residente.

Ampliação do Ensino – A Fundação Santa Casa atualmente oferece, em nível de pós-graduação, os programas de Residências Multiprofissional (Coremu) e Médica (Coreme). O programa de residência médica tem duração de dois a três anos, e envolve 12 áreas: pediatria, cirurgia pediátrica, ginecologia e obstetrícia, clínica médica, cirurgia geral, radiologia, neonatologia, nefrologia pediátrica, anestesiologia, hepatologia, medicina intensiva adulto e medicina intensiva pediátrica.

A Residência Multiprofissional (Coremu), da Santa Casa, que é mais recente, oferece residências em torno de dois anos para profissionais formados em fisioterapia, enfermagem, terapia ocupacional, farmácia , psicologia, serviço social e nutrição.

Érica Cavalcante, relata que a vertente do ensino, da pesquisa e da extensão é muito forte na Santa Casa. “Faz parte da história da instituição. Dificilmente um médico formado no estado do Pará não teve uma atividade prática aqui na sua formação, seja na graduação ou pós-graduação. Aqui nós temos a residência multiprofissional e a Santa Casa é campo de prática para todas essas áreas. Dificilmente um profissional da área de saúde não passou por aqui, desde que foi formada há algumas décadas”.

“Nós temos o mestrado, a revista científica eletrônica (Pará Research Medical Journal), a Coreme, a Coremu, a Gerência de Ensino e Pesquisa, além do Centro de Ética. Uma bela força de trabalho em nossa diretoria. A marca da atual gestão é o fortalecimento do Ensino e da Pesquisa na Instituição. E para solidificar cada vez mais essa área, a atual gestão viu a necessidade de ampliar o nosso espaço, onde foi construído o Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), para onde iremos em breve.” Destaca Érica Cavalcante.

O engenheiro da Santa Casa, responsável por acompanhar o andamento das obras, diz que o CEPE vai funcionar em uma área em torno de 1.585 metros quadrados e seu acesso será pela antiga escadaria da Avenida Generalíssimo Deodoro, esquina com a rua Oliveira Belo. “A área já está na reta final e deve ser entregue este mês. A climatização do ambiente já foi testada e está ok, e estamos nos ajustes finais em relação aos equipamentos do auditório que o novo espaço vai oferecer.”

“O novo espaço engloba auditório, com capacidade de 168 lugares, salas multiuso, toda parte administrativa do ensino e pesquisa, laboratório de simulação realística. Externamente foram mantidas as características com todos os traços arquitetônicos peculiares do século passado. Mas internamente, foi necessário fazer várias mudanças tornando-o mais moderno e atendendo as normas vigentes”, informa o engenheiro.

Sílvia Nunes, integrante da Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEPE), destaca que o Instituto trará para Santa Casa novos horizontes, no sentido de enraizamento de conhecimento. “Será um espaço que reunirá Residências, Especialização, Mestrado e futuro Doutorado. Os cursos ampliarão a rede de atuação da Fundação porque permitirá o estreitamento das relações com as Instituições de Ensino Superior (IEs), junto aos Institutos, Ministérios e CAPES, e assim a Santa Casa se destaca como a única maternidade pública com um Centro de Ensino e Pesquisa do norte do Brasil”.

Bruno Carmona, presidente da Fundação Santa Casa, destaca o fortalecimento da instituição como um hospital de ensino, reconhecido pelo Ministério da Saúde, além de possuir a certificação nível ONA-3 (acreditada em excelência). “Possui diversos programas de formação para profissionais especialistas na área da saúde, falando especificamente das residências médicas e multiprofissionais, além do mestrado profissional e atende acadêmicos da área de saúde em graduação, de todas as instituições de ensino público e privadas da região de Belém. O ensino, a pesquisa e a extensão são pedras fundamentais para o desenvolvimento de todas as atividades da Santa Casa, quando se fala de formação de mão de obra especializada na área da saúde”.

Bruno diz que o CEPE vem atender uma necessidade de termos uma estrutura física com diversos espaços, que atende a essa demanda própria do hospital e com o apoio incondicional que o hospital recebe do governo do Estado, a gestão atual vai entregar mais um espaço em benefício da população, totalmente repaginado e requalificado.

“E o mais interessante foi fazer todas as melhorias estruturais mantendo todo o patrimônio em harmonia com o processo histórico e cultural de nosso estado. Evidentemente as nossas instalações poderão servir para outros órgãos públicos em benefício da população”, informa o presidente da Fundação.

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