A atividade voltada à sensibilização para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama aconteceu na pracinha interna da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) e contou com uma equipe multiprofissional do Ambulatório da Mulher, Gerência de Nutrição e dos Serviços de Radiologia e Psicologia da Santa Casa.
De acordo com enfermeira Nazaré Falcão, a programação atrai o interesse das mulheres para os cuidados com a saúde e prevenção da doença, que acomete mulheres de norte a sul do país, sendo o segundo câncer mais recorrente no sexo feminino no Brasil.
“O nosso maior problema ainda é o diagnóstico tardio. Então nós estamos reforçando com as mulheres sobre a importância do rastreio através da mamografia e do exame clínico da mama com o ginecologista, que deve ser feito pelo menos uma vez ao ano. Além disso orientamos sobre a apalpação da mama, que não substitui o exame clínico feito pelo médico, nem a mamografia, mas que é importante para que a mulher conheça a sua mama e também fique atenta a qualquer alteração”, informa Nazaré, que ressaltou também que toda mulher deve ser examinada na consulta de rotina com o ginecologista.
“Uma vez ao ano, quando a mulher for a sua consulta com o ginecologista, as mamas também devem ser examinadas. E caso o médico ou médica esqueçam, a mulher pode lembrá-los pedindo para ser examinada”, reforça a enfermeira.
Durante a programação, como forma de mostrar os aspectos de uma mama sadia e também as alterações que podem ocorrer, as participantes tiveram acesso a ilustrações, atividades lúdicas e também a uma “mama amiga”, uma modelo didático feito de silicone com áreas que mostram desde aspectos normais e comuns nas mamas, até nódulos cancerosos ou benignos. Também foram tiradas as dúvidas sobre o exame de mamografia, muitas vezes temido, por falta de conhecimento da mulheres sobre o seu funcionamento.
Além das orientações voltadas ao diagnóstico precoce, a manutenção da hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceda e prática de exercícios físicos para a prevenção também foram destacados em palestras, pois o sobrepeso e obesidade, consumo de cigarros e excesso de álcool são apontados por estudos científicos como fatores ligados a um risco aumentado de câncer de mama.
A servidora Lilian de Lima que tem duas histórias de câncer de mama na família, acompanhou atentamente cada etapa da programação e considera que o Outubro Rosa ajuda as mulheres a entenderem o que é o cancer de mama e o que podem fazer para evitá-lo ou tratá-lo precocemente.
“A gente sabe que muitas mulheres tem receio e até medo de fazer o exame e outras não fazem por vergonha, mas quando a gente recebe informação na instituição em que a gente trabalha, a gente fica muito feliz e perecbe que esse é um cuidado necessário a toda mulher e que todas têm que ficar atentas, enfim a gente entende que não é um bicho de sete cabeças. Eu mesma perdi uma tia para o câncer e tenho outra que está lutando. Isso me mostra ainda mais a importância de me cuidar”, conta Lilian.
O Outubro Rosa, é um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. O laço rosa foi escolhido para simbolizar a campanha porque o simples fato de nascer com o sexo feminino aumenta em 100 vezes o risco de ter câncer de mama.
Programação
Além da atividade realizada dentro da Santa Casa, com o tema “É SOBRE AMOR E CUIDADO”, a instituição também está realizando uma programação aberta nos shoppings de Belém.
Neste sábado, 22, de 10h às 22h, o evento será no 1º piso do Shopping Bosque Grão Pará. Confira a programação:
A partir das 10h:
– Stand Nutrição: Quiz e conversa educativa sobre alimentação
– Stand Saúde da Mulher: Atividade Interativa com a Mama Amiga e Conversa Educativa
– Exposição Educativa sobre Mamografia: a importância de se fazer periodicamente a mamografia, exame mais preciso para detectar precocemente a doença;
– Stand Psicologia: Roda de conversa com escuta ativa focada no auto cuidado
Às 17h – Apresentação do Coral “Saúde e Vida Maria Helena Franco” da FSCMP.
Texto: Etiene Andrade – Ascom Santa Casa
