O programa oferece estágio de formação em hospitais como Albert Einstein e Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Referência Estadual no atendimento aos pacientes do fígado em todo território paraense e recentemente habilitado pelo Ministério da Saúde a realizar o transplante hepático, desde 2013 a Santa Casa oferece a residência médica em hepatologia. Especialidade que já é uma segunda residência do profissional, em função do candidato à vaga precisar passar, obrigatoriamente, pela residência em clínica médica, infectologia ou gastroenterologia. Desde o início da residência, dois médicos se formaram no final de 2021, na subespecialidade, e mais dois iniciaram em 2022 no programa.
O médico residente Tiago Franco David, que está no primeiro ano de hepatologia e concluiu a residência de Clínica Médica, fala de sua experiência de formação dentro da Santa Casa. “A Clínica Médica foi um período incrível, de muito aprendizado, que com certeza foi o que me fez de verdade médico, já que eu tinha me formado poucos meses antes de entrar na residência. Quando tive meu estágio na Hepatologia, no primeiro ano de residência, já comecei a considerar como subespecialidade, ainda mais considerando que os planos para introduzir o transplante no hospital já estavam em andamento”, destaca Tiago.
Especializar-se em um serviço de referência do estado, como o Grupo de Fígado, é uma responsabilidade que o médico sabe o peso que tem. “Quanto às expectativas para hepato, dá até um certo nervosismo pensar em fazer parte de um serviço tão especializado, e o único em toda a região. Mas com a ajuda da minha dupla de residência e dos nossos preceptores, a gente se tranquiliza mais”, conclui Tiago Franco.
Um dos diferenciais do programa de residência médica de Hepatologia é ter uma parceria com o hospital Albert Einstein e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Pau
Isabel Bastos, também residente do 1º ano em hepatologia, relata sobre a expectativa da ida até São Paulo para ampliar a qualificação de sua residência. “O serviço passa por um salto em relação à estrutura, complexidade e importância, pois agora também será o primeiro Centro de Transplante Hepático do Estado e existe um cuidado para que a equipe acompanhe esses avanços do serviço”.“E o Programa de Residência da Santa Casa permitiu também um estágio em uma das maiores instituições da América Latina e pioneira no âmbito de Transplante Hepático, que é o Hospital Albert Einstein. Como residente, tenho muita satisfação de fazer parte deste programa de residência, que visa garantir cada vez mais uma especialização de qualidade”, afirmou a médica residente.
Para a médica Fernanda Barreto, supervisora do programa de Residência de Hepatologia da Santa Casa, essa formação fortalece o programa de fígado da Instituição e destaca o papel na qualificação profissional que o hospital tem. “Temos uma deficiência histórica de profissionais na área no Estado, e uma demanda cada vez maior de pacientes no serviço. O programa além de formar futuros colegas que podem contribuir para o grupo do fígado, ajuda a difundir a especialidade e estimula a formação de recursos humanos para o Estado e a Região Norte”.
Fernanda destaca ainda o pioneirismo da instituição em serviços de saúde através do fortalecimento de seu papel como hospital de ensino. “A Santa Casa é estimulada a estar sempre na dianteira em serviços de saúde, por ser um hospital público e focado tanto na assistência quanto no ensino”.
“Dessa forma, hoje, a Santa Casa oferece uma formação de primeira linha aos residentes, com múltiplas atividades relacionadas a hepatologia, como atividade de enfermaria e ambulatório, treinamento em exames de imagem como elastografia hepática e biópsia guiada por USG, aulas e reunião clínica semanal, além de estágio em hospitais de referência internacional, como o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo”, enfatiza a supervisora Fernanda Barreto.
