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Assistentes Sociais da Santa Casa realizam programação científica

Profissionais do Serviço Social que atuam na Santa Casa realizaram nesta sexta-feira (27), um evento científico alusivo ao mês do Serviço Social. A programação que aconteceu no auditório do hospital e no Salão de Eventos foi bastante concorrida.

O evento que contou com a participação de profissionais, estudantes e conselhos de classe fez um acolhimento por meio do Movimento Vital Expressivo (MVE), teve como facilitadora a médica psiquiatra Nazareth Araújo. No ato de abertura, a participação do Coral Saúde e Vida Maria Helena Franco, da Fundação Santa Casa contagiou a todos os presentes.

Para Elizabeth Freire, assistente social e referência técnica do Serviço Social da Fundação Santa Casa eventos como esse que está acontecendo, além de tornar o Serviço Social visível em nível institucional e fora do hospital, por conta da participação de profissionais de outras categorias e estudantes, busca mostrar o que se faz aqui. “É divulgar o nosso compromisso com a saúde, é mostrar que o Serviço Social precisa estar presente e atuante aqui no hospital e em todos os setores da sociedade, principalmente na área da saúde”.

 “Atualmente é imperioso que a saúde seja vista como um todo, e para gente ter esse olhar com o usuário que busca esse tratamento no hospital, requer um olhar completo e para ser completo precisa de várias profissões, dentre elas o Serviço Social”, destaca Elizabeth.

Norma Assunção, médica e diretora assistencial da Fundação Santa Casa, diz que o Serviço Social dentro da instituição tem o seu papel, que tem o profissional que vai acolher, que vai trabalhar com a legislação para que esse usuário seja bem atendido nas suas necessidades de saúde, tenha acesso aos cuidados e ajuda na educação desse indivíduo para que possa entender quais são os seus direitos e seus deveres dentro da instituição.

“São vários olhares e saberes que compõem o cuidado do paciente, e esse é um dos olhares que o Serviço Social contribui no cuidado do paciente, inclusive o autocuidado desse paciente nas orientações e recomendações que ele tem que fazer para que possa cuidar de sua saúde”, diz a médica.

Em relação aos últimos 20 anos houve um aumento no número de profissionais da área social, o que para a Dra Norma é uma melhoria no cuidado do paciente. “É um olhar para a necessidade do nosso cliente. Ele realmente precisa de um profissional que possa protegê-lo, que possa resguardá-lo de todas as necessidades que venham buscar dentro da instituição. E esse profissional acaba encaminhando esse paciente ao longo de todo fluxo de atendimento de nossos serviços”.

Programação Científica – Duas palestras foram realizadas aos profissionais e estudantes presentes no evento. A primeira foi proferida Erika Aviz, psicóloga do INSS, abordou sobre a Saúde Mental dos Profissionais da Saúde na Pandemia Covid-19; e a segunda palestra tratou sobre os Impactos da Pandemia na Precarização do Trabalho do Assistente Social e seus Reflexos em sua Saúde Mental, conduzidas por Francisco dos Santos Neto, assistente social e professor da UFPa e por Nayara Vaz Mota, assistente social e servidora da Sesma.

Atendimentos – A Fundação Santa Casa conta com 54 assistentes sociais, que atuam nos três turnos do hospital que tem a maior maternidade do norte do Brasil e que exige um maior número de profissionais da categoria pela complexidade do território, pela abrangência das pessoas que recorrem à Instituição.

Além do trabalho desses profissionais estar na área assistencial da Santa Casa, ele também está presente na coordenação da Saúde do Trabalhador, do Espaço Acolher, além de ambulatórios destinados aos usuários do Sistema Único de Saúde. Em 2021, os profissionais que atuam na área ambulatorial da Santa Casa realizaram 4.435 atendimentos de usuários do hospital.

“Quando se trata de um hospital público, cuja demanda é alta, como no caso da Santa Casa, a maior maternidade da região norte, que atende pacientes de Belém e do interior do estado, o Serviço Social acaba sendo muito procurado porque esse usuário chega no hospital com várias questões de vulnerabilidade que requer a atuação desse profissional”, relata a assistente social Elizabeth Freire.

Elizabeth diz que como a Santa Casa acaba tendo, na questão do ambulatório, algumas especialidades de referência, um exemplo delas é a hepatologia, a nefrologia infantil, gravidez de alto risco. E a Santa Casa como referência recebe esse público, que é uma demanda vulnerável economicamente, vulnerável no sentido da habitação.

E aí como o Serviço Social atua com a questão social ele acaba sendo chamado para resoluções de algumas situações que requer algo específico nosso. Como por exemplo: encaminhamento para a rede de serviço, contato com os setores de TFD (Tratamento Fora do Domicílio), acionar a rede no sentido de abandono de recém-nascido; acionar a rede de saúde dos municípios, na área de assistência social, para que esse usuário que venha para o tratamento ambulatorial e também para a internação, possa retornar para o seu município de origem.

“Várias vezes nos deparamos com situações em que o usuário vem para o hospital sem recursos financeiros e aí essa é uma demanda recorrente. Verificar como vai ser esse retorno para que o paciente possa ter uma alta segura”, informa Elizabeth.

Texto: Samuel Mota / ASCOM FSCMP

Fotos: Rafaela Soeiro / ASCOM FSCMP

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