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Dia Mundial da Saúde: Santa Casa desenvolve ações que contribuem com a saúde dos indivíduos, da sociedade e do planeta

Há 72 anos o Dia Mundial da Saúde foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma forma de sensibilizar as pessoas em todo o mundo para temas de relevância para a saúde global.

Neste 07 de abril de 2022 o tema escolhido pela organização foi “Nosso planeta, nossa saúde”.

Referência em saúde da mulher e da criança, a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará é um hospital público, onde por mês são realizados milhares de atendimentos, entre partos e outros atendimentos de urgência e emergência obstétrica, internações, atendimentos ambulatoriais, cirurgias e exames laboratoriais e de imagem.

Todas esses atendimentos geram resíduos para o meio ambiente, por isso além de cuidar da saúde dos pacientes, a instituição também se preocupa com a saúde dos trabalhadores da área de saúde, da sociedade e do planeta, desenvolvendo ações que visam a segurança na prestação dos serviços a população e também que reduzam os impactos da assistência em saúde para o meio ambiente, A enfermeira Adriana Moreira, responsável pela Assessoria de Controle da Infecção Hospitalar da Santa Casa cita algumas dessas ações.

“ Nós damos o destino adequado a materiais que podem ser reciclados como embalagens de papelão, embalagens plásticas e vidros que são direcionados para duas cooperativas cadastradas na Santa Casa. Além disso, nós mantemos a educação dentro das nossas unidades para a segregação adequada dos nossos resíduos para que não haja mistura de resíduo infectante e resíduo comum, porque esses resíduos tem destinos diferentes. Enquanto o comum vai para o aterro sanitário, o infectante é coletado por uma empresa terceirizada, licenciada pelos órgãos ambientais, que é contratada a partir de licitação, e que faz o tratamento adequado que é a incineração. Cada vez mais a gente educa os nossos profissionais para que o descarte cada resíduo em seu local adequado, reduzindo a poluição, riscos de contaminação e custos para a instituição”, detalha a assessora.

Atualmente, a Santa Casa destina por mês às cooperativas o total de 22 toneladas de papelão e 10 mil unidades de embalagens plásticas, evitando que esses resíduos sejam descartados inadequadamente no meio ambiente.

Já a média de lixo infectante que é produzida voltou ao patamar de 10 toneladas por mês este ano, uma grande redução em comparação com 2020 e 2021, quando o hospital foi uma das unidades de referência para o atendimento na pandemia de Covid-19 o que levou a produção de 35 toneladas de infectantes por mês. Com a redução do número de casos e do atendimento e o amplo investimento da instituição para o treinamento dos servidores na separação correta dos resíduos nas unidades, agora nos primeiros meses de 2022, a quantidade voltou a média de 10 toneladas/mês.

Além disso embalagens de vacinas e baterias também recebem o destino adequado e o hospital já começou a se preparar para encaminhar para as coperativas para receber papel seco.

O enfermeiro da ACIH da Santa Casa, André Gonçalves é responsável diretamente pela capacitação de servidores para o descarte adequado de resíduos e também quem monitora a dinâmica desse descarte além do volume de produção. Ele ressalta a importância do trabalho que vem sendo desenvolvido pela Santa Casa e algumas das metas que o hospital já vem alcançando.

“ O nosso trabalho tem um impacto muito importante para o meio ambiente, pois hoje no mundo só 4% do que é produzido é reciclado. Então a Santa Casa, que produz diariamente de 300 a 400 quilos de resíduos, conseguindo reaproveitar e destinar adequadamente, terá como resultado a redução de impactos e danos ao meio ambiente”, afirma o enfermeiro que informa que a Santa Casa integra Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis, que e propõe a oferecer apoio a iniciativas em todo o mundo, visando promover maior sustentabilidade e saúde ambiental no setor saúde e assim fortalecer os sistemas de saúde em nível global.

“ Dentro do projeto hospitais verdes e saudáveis, nós estamos cumprindo a meta de utilizar a água de reúso, captando e aproveitando a água da chuva em descargas, a troca das lâmpadas florescentes por lâmpadas de LED, que também produzem menos impacto ao meio ambiente e o uso de placas solares que fazem o aquecimento da água no prédio Almir Gabriel para o banho das mães e dos bebês”

As metas de redução de resíduos infectantes também está sendo cumprida e, com o apoio do setor de nutrição do hospital, a de aproveitamento ao máximo dos alimentos.

Todas as ações levaram a redução de 23% a produção de resíduos impactando nos custos e na reeducação dos servidores que fazem o descarte adequadamente tanto nas áreas comuns como também nas unidades, onde lixeiras devidamente identificadas estão distribuídas.

Além dessas aspectos positivos para a instituição, as ações ainda geram melhores condições de trabalho para os catadores ligados às cooperativas beneficiadas, garante Nadia Gomes, diretora finaceira da Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Materiais Recicláveis Visão Pioneira de Icoaraci (Cocavip).

“ A separação do que pode ser reciclado já na Santa Casa contribui com a inclusão social produtiva das famílias de catadores e catadoras de matérias recicláveis, nosso sustento através de matéria limpa, agrega mais valor quando ao material reciclável quando mandamos a nossa venda para as empresas, a Santa Casa de Misericórdia é parceira de nós catadores trabalhadores de materiais recicláveis.

Aleitamento materno e sustentabilidade

Outras ações desenvolvidas pela Santa Casa, que promovem a saúde do indivíduo e do meio ambiente são o incentivo ao aleitamento materno, assim como à doação de leite humano e vidros para o armazenamento, coordenadas pelo Banco de Leite Humano da Santa Casa e realizadas em parceria com o projeto Bombeiros da Vida, do Corpo de Bombeiros; Projeto Mais Puro Leite ( Igreja Assembléia de Deus) e a Equatorial. Enquanto o leite materno é um recurso renovável e natural, que dispensa o uso de embalagens, a produção de fórmulas infantis gera a liberação de gases e resíduos, e ainda promovem o consumo de energia elétrica e de água.

( Texto: Etiene Andrade – Ascom Santa Casa)

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