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Santa Casa do Pará é um dos maiores centros de cirurgias pediátricas de média e alta complexidade do Norte do País

Somente nos últimos três anos, mais de 7 mil procedimentos cirúrgicos pediátricos foram realizados na instituição

Referência na atenção à gestação de alto risco e neonatologia, a Santa Casa de Misericórdia do Pará tem um dos maiores centros de cirurgias pediátricas do norte do país, referenciado como de atendimento para média e alta complexidade. A unidade realizou 7.561 intervenções cirúrgicas pediátricas.

Com a oferta de 60 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo neonatal (UTI-Neo), 60 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários convencional (UCI)  e 20 leitos de UCI canguru, a ala Neonatal da Santa Casa dá suporte para cerca de 20% a 30% das cirurgias pediátricas realizadas na instituição.

Essa interação é importante para o melhor controle clínico do bebê no pré e pós-operatório. Especialista em Cirurgia Pediátrica, Dr. Eduardo Amoras dedica grande parte de sua formação e experiência profissional à sua atuação na Santa Casa . Entre os procedimentos neonatais realizados por ele, estão as cirurgias Abdominais – Megacólon Congênito, anomalias anorretais, atresias intestinais, enterocolite, alterações congênitas na parede intestino (como Gastrosquise e Onfalocele), malformações no diafragma (Hérnia Diafragmática), entre outras.

“Somos, talvez, uma das maiores maternidades e hospital com atendimento com esse perfil materno-infantil da América Latina”, diz o cirurgião pediátrico Eduardo Amoras, gerente do programa de cirurgia pediátrica da Santa Casa.

Atualmente, o procedimento mais realizado na unidade é o cateterismo venoso central proveniente de uma demanda grande que vem da própria instituição para atender crianças que não têm acesso venoso para receber medicamentos, antibióticos e hidratação.

Há quase quatro anos, a dona de casa Raimunda Reis acompanha o filho Wallace, que faz parte do programa de terapia renal substitutiva pediátrica da Fundação Santa Casa do Pará. Com o diagnóstico de câncer renal e apenas 1 ano e 4 meses de vida, o menino enfrentou uma longa batalha pela vida.

Entre trocas de cateter venoso central e procedimentos cirúrgicos como nefrectomia, correção de fimose e  reparação de  hipospádia – condição congênita relativamente rara em que a abertura do pênis encontra-se abaixo da glande -, Wallace passou grande parte da sua vida dividindo seu tempo entre Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo e Santa Casa.

“Minha benção chegou chegando! Aos poucos, tive que me desprender do medo para me preparar e entender o tratamento do meu filho, pois muitas crianças neste cenário entram em hemodiálise e precisam de um tratamento conservador, com o uso de medicamentos e dieta rigorosa para retardar a piora da função renal, reduzir os sintomas e prevenir complicações até atingirem a idade e peso ideal para  transplantar.” conta, emocionada.

Durante o ano de 2021, a Santa Casa registrou sete cirurgias de transplante renal, em seis pacientes pediátricos portadores de insuficiência renal crônica avançada, atendidos pelo Centro de Referência estadual, que funciona no hospital.

De acordo com a coordenadora do Programa de Transplante Renal Pediátrico da Santa Casa, a nefrologista Monick Calandrini, o sucesso do programa de transplante renal pediátrico na Santa Casa depende da conscientização das pessoas sobre a importância de ser um doador de órgãos, porque, assim como Thiago, Thaís, Laira Kayla, Sandro, Emilly, Myllena e Sara, outras crianças aguardam por um transplante.

A cirurgia de transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) significa uma chance de maior sobrevivência a crianças com doenças renais crônicas, propiciando mais qualidade de vida a pacientes muitas vezes castigados por uma rotina de hemodiálise e de restrições.  Somente no Serviço de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica,  Fundação Santa Casa, há cerca de 20 crianças que, em tratamento com hemodiálise, estão na fila de espera

As crianças com doenças renais crônicas que necessitam de terapias substitutivas dos rins, por vezes, não conseguem realizar todas as atividades comuns à sua idade, como o pequeno Marcos Juah, de 5 anos.

Há um ano, o  menino e a sua mãe, Jarlene Marques, saíram de Dom Eliseu, município situado no nordeste do estado do Pará, e vieram procurar atendimento na capital paraense para fazer hemodiálise no Serviço de Terapia Renal Substitutiva da Santa Casa de Misericórdia do Pará.

O menino pesa menos de 20 quilos e já foi submetido a diversos procedimentos cirúrgicos, como o implante de acesso venoso central e correção  de má formação testicular.

“O atendimento deste hospital é de excelência, desde que chegamos aqui fomos muito bem tratados, os profissionais são capacitados e acreditamos que todos vão contribuir para a cura do meu filho”, afirma Jarlene.

A  nefrologista Monick Calandrini explica que, apesar de a população pediátrica representar um menor número de pacientes com doença renal crônica em relação à população adulta, o grupo enfrenta um desafio a mais: além das complicações comuns também aos adultos, crianças manifestam prejuízo ao desenvolvimento neurológico e emocional. Esses aspectos repercutem muito na inserção social.

“O ideal é que a última opção seja o órgão de um doador vivo. É preciso que as pessoas tenham o sentimento da importância de ser um doador de órgãos, e é essencial que isso seja conversado com a família, para que os filhos, pais, irmãos, saibam desse desejo da pessoa e da importância que esse gesto pode ter, significando a vida de alguém que espera por um órgão”, afirma a coordenadora do serviço de nefrologia pediátrica.

O presidente da Fundação Santa Casa do Pará, Bruno Carmona, diz que o programa de transplante renal pediátrico tende a ser um sucesso. “Os resultados iniciais desses eventos são muito satisfatórios e vamos torcer para continuar tudo bem. Agradeço a parceira da SESPA e apoio incondicional do nosso governador Helder Barbalho”, destaca o gestor.

Atendimento – O serviço de cirurgia pediátrica é formado por uma equipe multiprofissional da área pediátrica e engloba diversas especialidades como a Gastroenterologia; Cardio pediatria; Hepatologia; Neurocirurgia; Nefrologia; Otorrinolaringologia e a Cirurgia Plástica e Craniofacial, com a realização de cirurgias para correção de deformidades, principalmente craniofaciestenoses.

Para agendar consultas no Ambulatório de Pediatria, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua residência e solicitar um encaminhamento para o atendimento desejado na Santa Casa.

Texto: Rafaela Soeiro 

Por Governo do Pará (SECOM)

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