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Santa Casa realiza programação do Outubro Rosa

A Fundação Santa Casa do Pará (FSCMP) realizou nesta sexta-feira, 01/10, uma programação especial voltada ao Outubro Rosa, que tem como tema: “Câncer de mama, vamos vencer essa luta”.

A abertura aconteceu com três palestras no auditório da Santa Casa, com a participação dos servidores da instituição. Durante o evento foi repassado a importância do autoexame, sinais e sintomas da doença, a prevenção e importância da mamografia no diagnóstico da mama.

Cinthia Lins, médica mastologista, atual presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia /Seção Pará, Coordenadora do ambulatório de mastologia da Santa Casa, disse que a partir de 2018 foi implantado um ambulatório que propicia o diagnóstico das lesões mamárias. Ela relata que em nossa região, ainda tem um diagnóstico tardio. Na realidade não é que o câncer evolui muito rápido, ele é diagnosticado tardiamente.

“Primeiro por uma cultura, algumas mulheres acham que a mamografia dói, que é desnecessário. Depois, pelos hábitos de vida, a gente tem uma população que tem muito sobrepeso, pela nossa própria ingesta (alimentação) e por sermos uma população sedentária. O que acho mais importante são as medidas de mudança de hábitos de vida. Hoje a gente sabe que a maioria dos cânceres são esporádicos, que não estão relacionados a hereditariedade, são mais pelo estilo de vida que aquela mulher tem”.

A médica orienta a diminuir o risco de obesidade, fazer atividade física, pouca ingesta de álcool, não fumar, isso tudo leva a uma redução de risco. A mastologista diz ainda que o autoexame e a mamografia, são fundamentais para o diagnóstico.

“Sabemos que o nosso estado é grande, por isso é fundamental que as mulheres que moram em lugares distantes dos grandes centros, que pelo menos elas possam fazer o autoexame, uma vez ao mês. De preferência depois do período da menstruação. Elas apalpem as mamas, toda a mama, toda a região das axilas e se perceberem alguma coisa de diferente que busquem o apoio médico”, ressalta a médica.

Sobre a importância do ambulatório da mama, Cinthia relata que “a Santa Casa por ser uma das maiores instituições de referência para a mulher, no estado do Pará, passa a ser dentro da unidade de atenção secundária, dentro do fluxo da oncologia onde essas pacientes devem fazer o diagnóstico histopatológico, como um centro desse diagnóstico”.

Mamografia – Exame radiológico para avaliação das mamas, feita com um aparelho de raio-X específico, chamado mamógrafo, que serve para identificar lesões benignas e cânceres, que geralmente se apresentam como nódulos ou calcificações (principalmente o câncer de mama).

O exame, preferencialmente, deve ser realizado uma semana após a menstruação. Um diagnóstico precoce da doença possibilita um tratamento menos agressivo e uma chance maior de cura. Mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia de rastreamento a cada dois anos.

Nazaré Falcão, enfermeira do ambulatório da mulher, diz que o “Outubro Rosa” é um movimento de sensibilizar a população e que este ano, a Santa Casa está voltada para os profissionais que aqui atuam. “A gente conversou sobre o fluxo dentro da Santa Casa e o estado como um todo. E também estaremos a partir da próxima semana indo aos setores do hospital, para conversar sobre o câncer de mama. Nesse momento a gente vai tentar sensibilizar os profissionais que ainda não fizeram mamografia, que estão a dois ou três anos sem fazer”.

“Nós mesmos vamos oferecer esse exame aqui mesmo na Santa Casa. É um alerta porque o câncer de mama está, só aumenta e principalmente chega em um momento em que a mulher já está com um estadiamento avançado. Então quanto mais precocemente a gente diagnosticar, mais nós temos condições ou de cura ou uma sobrevida melhor para essa mulher. É isso que a gente busca, o diagnóstico precoce, enfatiza Nazaré Falcão.

Palestras – A primeira foi da Dra. Cinthia Lins sobre Diagnóstico do Câncer de Mama; a segunda foi proferida pela enfermeira Nazaré Falcão que tratou do Fluxo do Ambulatório de Mama na Santa Casa; e a última foi apresentada pela psicóloga Carol Zaluth que abordou: Fatores psico sociais do câncer de mama.

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