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Transfusões de sangue na Santa Casa salvam vidas de bebês e gestantes

Mais de 500 transfusões de sangue por mês salvam a vida de centenas de pacientes atendidos na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) – quase metade desses, recém-nascidos e grávidas, em média.

De janeiro a maio deste ano, no setor de neonatologia foram 899 transfusões, com média mensal de cerca de 180; já nas clínicas ginecológicas, somaram-se 410 transfusões, com média mensal de 82.

Os números emocionam no contexto do Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado nesta segunda-feira (14).

Agência Transfusional

A Agência Transfusional, setor do Hospital que opera em parceria com a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará (Hemopa), é um parque tecnológico considerado de última geração, preparado para atender a qualquer tempo as demandas de urgência e emergência, sobretudo nas áreas obstétrica e neonatal.

Maior maternidade pública da região norte do país, a Santa Casa é referência em casos de média e alta complexidades. Atualmente, tem atuado também como unidade de retaguarda do Governo do Estado para enfrentamento da pandemia do coronavírus.

No último 9 de junho, por exemplo, o bebê A. L. A. S, de 8 meses, de Barcarena, no nordeste paraense, precisou de sangue por conta de anemia após uma cirurgia de correção de fenda palatina.

“A gente primeiro se assusta, porque nem imagina que um bebê possa receber sangue de adulto, né? Na verdade antes eu nem sabia que bebê poderia receber sangue. Aí explicam aqui que o sangue é todo testado, examinado, é um sangue limpo e saudável que ainda bem que alguém se dispôs a doar, já que agora está ajudando meu filho”, diz a agente de portaria Rayara Andrade, 20.

Como Funciona

Com campanhas internas e externas, tanto quanto contínuas, para captação e mobilização, deliberadas pelo Comitê Transfusional da Santa Casa, a Agência Transfusional encaminha doadores para o Hemopa, que procede as coletas e depois direciona bolsas para o Hospital.

A Agência Transfusional é uma estrutura dentro do complexo hospitalar, cuja função é armazenar sangue e hemoderivados, realizar exames imuno-hematológicos pré-transfusionais, liberar e transportar produtos sanguíneos necessários para as transfusões, acompanhar o paciente naquele sentido, entre outras condutas.

Raciocinando-se sobre a proporção de volume, uma bolsa de sangue padrão de um único doador, 450 ml, pode salvar a vida de até cinco bebês prematuros.

O funcionamento é permanente, nunca pára, e se mantém em sobreaviso para acionamento de atendimento regular e de pronto-socorro, sob uma equipe de especialistas, que inclui médicos hematologistas, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos e técnicos em hemoterapia.

Os pacientes que recebem sangue em geral se encontram em estado clínico grave ou gravíssimo. A transfusão costuma ser a alternativa final, depois da consideração de diversas táticas e ferramentas, como reforço na alimentação e suplementação de ferro.

“Aqui promovemos uma política de uso racional do sangue. Temos uma equipe supercapacitada que avalia parâmetros. Como o perfil da Santa Casa é materno-infantil, o comum são mulheres com casos de hemorragias, neonatais com prematuridade. Um único paciente pode receber várias transfusões, a depender da gravidade: pode receber imunoconcentrado, plaqueta etc.”, explica a gerente da Agência Transfusional, a farmacêutica Márcia Basílio, especialista em Saúde Pública e Mestre em Agentes Infecciosos e Parasitários.

Serviço:

Quem quiser doar sangue para a Santa Casa pode se dirigir a qualquer unidade do Hemopa (Belém ou interior) e informar o código “158”.

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