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Saúde do Trabalhador da Santa Casa realiza evento sobre prevenção ao suicídio

Com a temática ‘girando em direção à vida’, com a figura de um girassol, a Coordenação de Saúde do Trabalhador da Fundação Santa Casa realizou na quinta-feira (17), no auditório do hospital, uma programação especial com o objetivo de ampliar e fortalecer a promoção da saúde mental, como medida de prevenção ao suicídio.

Ana Cleide, assistente social da Santa Casa, disse que o evento é para despertar nas pessoas a importância de se cuidar. “Se você não está bem, você não pode fazer ninguém ficar bem. E o trabalhador precisa refletir sobre a necessidade de uma qualidade de vida melhor para enfrentar a sobrecarga de trabalho em qualquer ambiente”.

Para José Arimatéia Reis, psicólogo e palestrante do evento, é sempre importante um hospital como a Santa Casa fazer esse tipo de evento. “Convidar os servidores para ter um momento de reflexão sobre essa temática do suicídio e como é um evento da saúde do trabalhador é um momento em que a gente faz também rodas de conversa, dinâmicas e reflexões para retroalimentar o trabalhador, até para voltar para o cotidiano de trabalho uma energia positiva maior e alertá-lo sobre como se pode ser acolhedor, conversar e escutar a pessoa que traz uma problemática mais séria, como uma vontade de cometer o suicídio ou vontade de morrer”, destaca Arimatéia.

“A gente passou um pouco aqui de que como se pode ajudar essas pessoas, dentro do hospital como profissionais de saúde e na nossa vida particular também. A gente às vezes encontra pessoas pedindo ajuda e é preciso estar atento para esses pedidos. Esse evento é um êxito porque você percebe como as pessoas ficam diferentes na entrada e na saída”, diz o psicólogo.

Importância da Mídia – Sobre a temática da prevenção ao suicídio, José Arimatéia enfatiza que os meios de comunicação têm um papel fundamental nesse alerta. “Apesar de haver a campanha do Ministério da Saúde todo setembro, mas as reflexões precisam ser no ano inteiro, porque o índice de suicídio no Brasil tem aumentado muito, inclusive até mais em crianças e adolescentes do que em adultos. Então isso diz para gente como é que está a nossa vida, a nossa estrutura social está problemática”.

“As pessoas estão com esse desejo de morrer estão tirando mais as suas vidas, aqui mesmo no Brasil. Isso diz que tipo de país, sociedade a gente está se tornando e que tipo de pessoas nós estamos produzindo, que não consegue se adaptar às regras atuais: econômicas, sociais, políticas. Todas as regras que a gente cria muita gente não está conseguindo se adaptar. Então é uma forma dos meios de comunicação trazerem essa reflexão para o dia a dia, até para a gente estar vendo nas instituições, nas escolas, nos serviços de saúde, nos

locais aonde a gente pode trabalhar as crianças, os adolescentes e os adultos também de como a gente pode mudar essa situação”, esclarece o psicólogo.

Programação – O evento contou com participação do psicólogo José Arimatéia Reis, e das psicólogas Andréa Barros e Larissa Medeiros. Durante as palestras foram feitas dinâmicas de reflexão além de distribuição de bottons e cartilhas do Centro de Valorização da Vida (CVV), que aborda a situação sobre o suicídio.

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