A Coordenação da Saúde do Trabalho realizou nesta quarta-feira, 22, uma ação de alerta por conta do “julho amarelo”. O objetivo da ação é alertar aos servidores sobre a importância em se cuidar das hepatites virais. A campanha “Julho Amarelo” foi instituída no Brasil pela Lei 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Rafael Romero, coordenador do centro estadual de referência para doenças do fígado relata que esse evento é essencial para divulgar para o nosso público interno sobre essas doenças que tem chance de ser muito grave, que são as hepatites virais e para divulgar um pouco do que fazemos aqui na Santa Casa.
Para evitar a chegar a situação extrema de hepatite o médico diz que “primeiro é não compartilhar materiais de uso pessoal como: alicates de unha, lâminas de barbear, escova de dentes. Usar sempre preservativo em relações sexuais e no caso do vírus B tomar a vacinação”.
Sobre a implantação do transplante de fígado em 2021, Rafael disse que a previsão junto ao Ministério da Saúde era para ser agora este semestre, mas com a pandemia foi adiado para o próximo semestre de 2021.
Lina Cristina Magno, coordenadora da Saúde do Trabalhador da Fundação Santa Casa, disse que “diante do fenômeno da pandemia, não podemos negligenciar outras demandas muito presentes em relação a saúde do trabalhador da saúde, como a questão das hepatites, no ato de um possível acidente com risco biológico. Por isso quanto melhor informado for a pessoa mais fácil fica a questão das prevenções de doenças”.
“O trabalhador precisa ter a cultura do autocuidado e hoje nós nos preocupamos muito com a questão da contaminação pelo HIV, em compensação o grau de agressividade da hepatite é muito maior. A hepatite pode ser curada com a adesão bem feita ao tratamento e isso a Santa Casa garante, tanto ao processo de imunização vacinal, como de tratamento em caso de comorbidade”, enfatiza Lina.
Para Ingrid Amaral, que faz parte do Comitê de humanização da Santa Casa disse que falar das hepatites é fortalecer a conscientização das pessoas. “Eu perdi meu pai para uma doença que ela é completamente curável no início. E por pouco eu também poderia perder a minha mãe. Por medo, por insegurança ou por não acreditar que talvez ela não acontecesse com a nossa família, que não pudesse acontecer com a gente”.
“Por isso eventos como esses são de suma importância que é justamente para lembrar até mesmo ao profissional de saúde que acaba se esquecendo de cuidar de sua saúde. A gente precisa sempre alertar que é importante a prevenção, a testagem do teste rápido. E quando se trata de hepatite ela é curável na maioria dos casos. Ela é uma doença traiçoeira e precisa avisar aos familiares, as pessoas que a gente conhece. Usar nossas redes sociais para o bem. Infelizmente a hepatite C é silenciosa, e é uma doença que avança rapidamente. E quando começa a aparecer os primeiros sinais, depois vem o câncer, o comprometimento do fígado com a cirrose e que já não vai ser possível fazer muita coisa”, relata Ingrid.
SERVIÇO
A Fundação Santa Casa do Pará, é a referência no diagnóstico e o tratamento de doenças do fígado. No Pará, o cidadão que quiser saber se sofre de hepatite deve procurar os locais que servem para diagnóstico e tratamento da doença, como os Centros de Testagens e Aconselhamento (CTAS), vinculados às secretarias municipais de Saúde.
Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No caso específico das hepatites virais, que são o objeto da campanha Julho Amarelo, estas são inflamações causadas por vírus classificados pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.
