Santa Casa reforça cuidados no mês da Prematuridade

Os cuidados com o bebê prematuro, desde o nascimento até seu acompanhamento ambulatorial e os desafios para a amamentação desses pequeninos são temas que fizeram parte da programação de abertura realizada nesta quinta-feira (14), na Fundação Santa Casa, para marcar o Novembro Roxo, em que são realizadas ações para a conscientização sobre os cuidados com os prematuros.

Vilma Hutim, pediatra neonatologista da Fundação Santa Casa, disse que o ato é para falar da prevenção da prematuridade, quando o mundo todo comemora esse mês e tendo a Santa Casa como referência para esse parto prematuro. “Nós temos um time de tutores, além dos profissionais capacitados que nos faz referência estadual na atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso e prematuro.  E graças à integração dos diversos setores do hospital, como o Banco de Leite Humano, Bombeiros da Vida, pediatria, neonatologia, residentes que alertam no dia a dia os danos que podem causar a prematuridade”.

A médica disse que o mês do novembro roxo foi escolhido mundialmente para reforçar as campanhas de prevenção à prematuridade, considerando que essa é uma situação que é a primeira causa de mortes no mundo e responsável por vários problemas de saúde no desenvolvimento de uma criança. “Essa prevenção deve começar desde o pré-natal. Quando uma gestante não faz uma classificação do risco, e não identifica o problema como: pressão alta, diabetes, infecção na gravidez e se não for tratada, pode desencadear parto pré-maturo e lá vem um bebê prematuro”, destaca Vilma.

Maria Valdenice, moradora de Paragominas, sudeste paraense, teve sua filha Yasmim Travassos prematura de oito meses, na maternidade da Santa Casa e relata que desde os seis meses de gravidez a luta para ter sua filha foi difícil. “Estou 20 dias aqui com ela e agora que ela começa a ganhar peso. “Esse cuidado aqui é especial, porque lá onde a gente mora não tem esse cuidar. São muitas pessoas cuidando da gente e meu sentimento é de felicidade por não ter perdido minha filha”, enfatiza Maria.

Tainara da Silva Lima, moradora de Marabá, sudeste do estado, recebeu a boa notícia de alta de sua filha Scarlet Tainã, nesta quinta-feira, após 34 dias internada na Santa Casa cuidando de sua filha que nasceu prematura. A questão de ter tido sua filha na Santa Casa foi o diferencial para sua segunda filha estar viva. “O cuidar na gestação é importante, quando o filho nasce prematuro tem uma série de situações que complicam, como a dificuldade em respirar, como foi o caso de minha filha, que teve que ir para a UTI, depois UCI e agora aqui na enfermaria do Canguru, com a felicidade de levar minha bebê para minha cidade”, diz emocionada Tainara.

Clévia Dantas, Terapeuta que representou a direção da Fundação Santa Casa no evento disse que a instituição se preocupa em cuidar das pessoas. Não é fácil uma mãe ou um pai ver o seu bebê ainda no estado de ser cuidado, tão pequeno e frágil. Em sua fala, ela diz que as vezes os pais não sabem nem como pegar seu filho e pensar essa ação como a de hoje é pensar no amor dos pais. “E o amor que os pais têm por seus filhos é compartilhado pela equipe que trabalha em cuidar dessas crianças prematuras com muita sensibilidade e que os pais reconhecem o valor dessa equipe profissional da Santa Casa que se doa no cuidar de cada criança”, ressalta Clévia Dantas.

Prematuridade – Dependendo do grau, quanto mais prematuro for o bebê mais problemas esse bebê vai ter com relação à sobrevida, com relação a sequelas. São bebês que ficam muito tempo internados e quando são muito extremos têm facilidade para contrair infecção, complicações respiratórias, sequelas neurológicas.

O setor de Neonatologia da Santa Casa, interna em média por mês, 240 bebês. Destes, até 30% são prematuros e de baixo peso, exigindo cuidados especializados de uma equipe multiprofissional para que se garanta o cuidado adequado para um bom desenvolvimento físico e mental dessas crianças. Além das internações, as mães dessas crianças são orientadas sobre os cuidados e estimuladas a amamentarem. Após a alta hospitalar, os bebês de baixo peso continuam sendo acompanhados ambulatorialmente (na Santa Casa e nas Unidades Básicas de Saúde) até alcançarem o peso de 2,5 quilos.

Deixe um comentário