O alerta deste dia 16 de outubro está na alimentação saudável e equilibrada tanto no período de gestação, como após o parto

A Santa Casa do Pará, que é referência na área materno infantil no estado, recomenda às grávidas e puérperas a importância de se alimentar de maneira equilibrada e saudável. A nutricionista Cilea Ozela, gerente de nutrição da Fundação Santa Casa, esclarece que se alimentar bem e de forma saudável não está ligado à quantidade de comida ingerida, mas sim à variedade.

“Durante a gestação a mulher não precisa – nem deve – dobrar a quantidade de alimentos no prato, mas a qualidade, sim. O segredo para uma mulher se manter saudável e em forma durante os nove meses, garantindo um ótimo desenvolvimento para o filho, está na mesa”.

Cilea informa ainda que além de garantirem o desenvolvimento do bebê, a alimentação na gravidez deve ser rica em cereais integrais, frutas, verduras, legumes, leites e derivados, além de carnes brancas e magras. “É muito importante que a mulher prepare seus alimentos grelhados ou no vapor. Dessa maneira, evitando a ingestão de alimentos processados, frituras e alimentos crus”.

Entre os alimentos que devem ser consumidos na gravidez para aumentar a oferta de vitaminas e minerais para a mãe e bebê, estão: Cenoura, abóbora, leite, iogurte, ovos, brócolis e pimentão amarelo, ricos em vitamina A; Produtos lácteos e alimentos fortificados com vitamina B12; Abacate, azeite de oliva extra virgem, frutas secas, nozes, chia e semente de linhaça, para aumentar a concentração de ômega 3; Vegetais escuros, gergelim, frutas secas e leite para obter cálcio; Feijão, amendoim, castanhas de caju e do Pará, ricas em zinco; Couve, espinafre, tomate e brócolis, para aumentar a ingestão de ácido fólico.

Os cuidados com a alimentação da gestante pode ser um exemplo para a população em geral que sofre ou que busca prevenir a hipertensão. A nutricionista clínica da Sespa, Sandra Figueiredo, lista esses cuidados, que além da dieta incluem, atividades físicas e outros hábitos saudáveis. “É essencial adotar um estilo de vida saudável, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas regularmente. Na alimentação, é importante evitar o consumo de alimentos ricos em sódio, como: carnes processadas, bacon, carne-seca, nuggets; enlatados, queijos, temperos prontos, molho de soja, molho inglês, ketchup, mostarda, maionese, extrato concentrado, temperos prontos, amaciantes de carne e sopas desidratadas. Além de lanches industrializados como chips, batata frita e salgadinhos”, explica Sandra Figueiredo.

Pós-Parto – A alimentação no pós-parto varia dependendo se a mulher amamenta ou não, mas deve ser, de forma geral, balanceada, incluindo vegetais, frutas, cereais integrais e proteínas magras, que vão ajudar na perda de peso e na prevenção de problemas comuns, como deficiências de vitaminas ou minerais, e até obesidade ou diabetes, por exemplo.

“Para mulheres que amamentam, é importante que a dieta tenha mais 500- 700 calorias diárias para ajudar na produção de leite materno. Além disso, a mãe deve evitar a ingestão de alguns alimentos, como café, bebidas alcoólicas ou alimentos crus, pois podem causar cólicas no bebê e outros desconfortos”, informa Cilea Ozela.

Caso a mulher não amamente, a alimentação não precisa ter tão alto teor de calorias, mas deve ser variada e equilibrada para ajudar na perda de peso no pós-parto e evitar problemas como prisão de ventre, obesidade ou diabetes.

“A hidratação é outro cuidado muito importante na recuperação do pós-parto e pode ser feita através da ingestão de pelo menos 2 litros de água por dia, podendo incluir chás. Para uma alimentação balanceada e equilibrada no pós-parto, o ideal é realizar uma consulta com um nutricionista para avaliar as necessidades individuais e o estado de saúde da mãe”, recomenda a nutricionista.

Fome – Para celebrar a data de 16 de outubro, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estabeleceu este ano de 2023 o lema: “Água é vida, água é alimento. Não deixe ninguém para trás”. Um dos objetivos é mobilizar a ação global pela transformação dos sistemas agroalimentares. As Nações Unidas destacam que a meta global de erradicar a fome ainda é alcançável. Atualmente, a ONU estima que cerca de 780 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo.

Criado em 1981, marcando também o surgimento da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o Dia Mundial da Alimentação tem como objetivo propor uma reflexão sobre a importância dos alimentos e também fazer um apelo para garantir a segurança alimentar e nutricional em todo o mundo, o que envolve uma alimentação saudável, acessível e de qualidade.

Desde então, a data pode ser considerada uma ação coletiva anual em 150 países e faz com que o Dia Mundial da Alimentação seja um dos mais comemorados do calendário das Nações Unidas (ONU). A cada ano a FAO escolhe um tema diferente para a celebração, e todos estão alinhados com o objetivo de conscientizar sobre a importância de que todos, em todos os lugares, tenham acesso a alimentos suficientes, seguros, diversificados e nutritivos, sem deixar ninguém para trás.