Crianças em tratamento na Santa Casa participam de gincana sobre o autocuidado

Aprender sobre como se cuidar para ter saúde, mas de um jeito leve, lúdico e divertido. Essa é a proposta da Gincana de Autocuidado que acontece no setor de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica da Santa Casa. A atividade, coordenada pela terapia ocupacional do setor, envolve toda a equipe multiprofissional, pais de pacientes e principalmente as próprias crianças atendidas, como Miguel Vitor da Silva de 12 anos, que faz tratamento de hemodiálise há 7 meses.

“Eu aprendi bastante sobre o meu peso, que ainda não estou conseguindo baixar, e agora eu sei que preciso tomar cuidado com água e a alimentação também”, conta o menino que participou ativamente das atividades propostas e até deu nome a sua equipe, a “Hemolindos”.

A gincana deste ano traz como tema o autocuidado, promovendo brincadeiras, dinâmicas e palestras com conteúdos educativos em saúde, explica a terapeuta ocupacional Fernanda Lobato.

“Buscamos estimular as crianças para essa autonomia no autocuidado, principalmente relacionado à saúde e ao tratamento de hemodiálise. Tivemos palestra com a enfermagem, sobre o cuidado com catéter, eu fiz uma palestra de como as famílias podem estimular melhor a autonomia das crianças para que elas possam fazer por si mesmas, como elas desenvolverem o cuidado na escovação dos dentes, no brincar, no banho, nas tarefas escolares, então nós tivemos a palestra com assistente social que deu ênfase ao cuidado com a prevenção da violência, estimulando também orientações relacionadas ao autocuidado da saúde mental para os acompanhantes porque também precisam aprender a se autocuidar para oferecer o melhor cuidado para os seus pequenos”, detalhes.

Como valorização do aspecto lúdico e cultural, as atividades também usaram a temática do Carnaval, permitindo que as crianças e os acompanhantes usassem fantasias, em referência ao período festivo, propôs a terapeuta ocupacional Clévia Dantas.

“ Eu sempre procuro trazer, contextualizar dentro da hemodiálise os aspectos socioculturais, porque assim a gente precisa colocar a criança para interagir com o meio e a realidade do que está acontecendo no mundo lá fora. Isso favorece a motivação, também a socialização do ambiente, melhorar a ambiência, a humanização desse cuidado e a participação de todos, e a integração principalmente da equipe e os usuários. E como vai ter feriado de carnaval, nós abordamos o tema sob esse aspecto também, de uma forma mais leve, mas sempre estimulando o desempenho ocupacional da criança desde cedo, a autonomia dela, para que ela fique mais independente da mãe e também do responsável.

As atividades contam o apoio do Parapaz, que realiza palestras, da Classe hospitalar SEDUC, com brincadeiras e atividades educativas, e da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados que no encerramento da programação, que acontecerá depois do carnaval, vai doar cestas de alimentos e kits de autocuidado para as famílias e crianças.

Data de Publicação: 2025-02-28 11:04:31